
Meghan Markle e o príncipe Harry regressaram a Londres para o Jubileu de Platina da rainha Isabel II. Depois de tudo o que disseram sobre os Windsor e das graves acusações que teceram à família real – que apelidaram de ‘Firma’, fazendo lembrar uma organização mafiosa – esta decisão de voltarem ao Reino Unido acabou por surpreender a própria monarca que esperava que o neto e a mulher voltassem a recusar mais um convite, como o fizeram tantas vezes ao longo do último ano. Mas desta vez a duquesa de Sussex disse ‘Sim’ – o que também não deixou de surpreender o príncipe Harry – não por carinho à avó do marido, mas por um plano que há alguns tempos começou a delinear na sua cabeça. Meghan Markle encarou este regresso a Londres como o seu plano B de última hora. Consciente de que todos os seus sonhos fracassaram depois de virar costas à família real de Inglaterra, a norte-americana imaginou que poderia retomar a sua posição privilegiada no seio dos Windsor. Mais uma vez a sua estratégia saiu completamente furada, pois também a rainha Isabel II tinha um propósito bem arquitetado para mostrar ao neto e à antiga atriz de Hollywood qual é o seu papel doravante.
A vingança estava montada! Harry e Meghan Markle iriam provar do seu próprio veneno. Começou logo na quinta-feira, dia 2 de junho, durante as cerimónias do Trooping the Colour. Aparecer à varanda e acenar aos súbditos? Nem pensar! O casal teve de permanecer na sombra e pior de tudo: tiveram por companhia apenas as crianças dos Windsor. Perto dos Sussex nenhum adulto foi visto e eles que tiveram que engolir o orgulho e manter o sorriso (amarelo) enquanto estiveram no interior do Palácio de Buckingham. Depois, chegou sexta-feira, 3 de junho, e aí assim, de forma assumida o casal deixou-se ver à entrada da Catedral de São Paulo onde iria decorrer a missa de homenagem à monarca. À subida da escadaria ouviram apupos, coisa que não aconteceu a mais nenhum outro membro da família real. O povo manifestava-se sobretudo pelo que os duques disseram naquela terrível entrevista a Oprah Winfrey. É difícil de esquecer e a memória não é assim tão curta.
HUMILHAÇÃO E MÁGOA PARA HARRY
Depois, seguiram-se os 19 minutos mais longos e dolorosos para Harry. O príncipe percebeu naquele preciso momento o quanto a sua importância tinha sido reduzida. Foi obrigado a esperar que o irmão William, a cunhada Kate Middleton e os filhos George e Charlotte entrassem primeiro. Depois, teve ainda que esperar pela chegada do pai, o príncipe Carlos, e de Camilla Parker Bowles. Eles sim os elementos reais com um papel de relevo na monarquia. No interior da catedral, nova afronta. Ficaram sentados na segunda fila, a uma distância considerável das verdadeiras "estrelas" da família Windsor. Segundo o jornal britânico 'The Sun', especialistas afirmam que Harry tentou, inclusivamente, fazer várias piadas perante os membros mais jovens da família e que remexeu várias vezes no bolso do fato, o que demonstra nervosismo e alguma ansiedade. Em nenhum momento, teve qualquer contacto visual com o irmão e com a cunhada. Uma claríssima facada no orgulho de Harry. Mas foi o que ele quis e foi isso que a avó lhe deu! É ainda de salientar a saída abrupta do casal da missa. Os duques de Sussex acabaram por não se juntar aos restantes membros da realeza e aos convidados especiais numa receção previamente preparada. Os dois foram imediatamente levados para Windsor e mantiveram sempre a distância de William e Kate Middleton.
Ao longo as cerimónias, há uma outra coisa que doeu sobremaneira ao filho mais novo do príncipe Carlos e da malograda princesa Diana. Falamos da harmonia familiar que ficou patente através das imagens televisivas. O príncipe de Gales mostrou-se um avô dedicado com os três filhos de William e até a rainha não deixou de se mostrar sorridente com o pequeno Louis. Além disso, até esta proximidade parece que foi devidamente pensada para que Harry percebesse o que está a perder quando decidiu dar ouvidos à mulher e deixar todo o seu passado, a sua família e o seu país para trás. Mas há mais... até porque tudo teve um significado neste Jubileu. Na varanda, a rainha Isabel II apareceu ao lado do filho e herdeiro, Carlos, e de William e Kate, com os três filhos: o que representa o presente e o futuro da coroa inglesa. Claramente, Meghan e Harry não fazem parte deste plano. Um banho de realidade que afetou deveras o príncipe rebelde e aquele que era o neto preferido da rainha. UM 'FLOP' QUE ESTÁ A PREOCUPAR MEGHAN
Mas se Harry está profundamente magoado, já Meghan Markle passou a ficar preocupada com o futuro. Esta viagem serviu para ela perceber que não tem como regressar para Inglaterra e fazer de conta que nada se passou. Quando em 2020 abandonou o país do marido e recusou qualquer função como membro da realeza, a atriz da série ‘Suits’ estava convencida de que a sua vida iria ter um ‘upgrade’ ainda maior daquele que já tinha como duquesa de Sussex. Imaginava-se a conviver com as maiores celebridades de Hollywood e a ser disputada pelos realizadores mais conceituados. Mas dois anos depois de sua partida, o príncipe Harry e Meghan Markle têm tão pouco a mostrar. A nível profissional pouco fizeram e os convites não choveram. Além do mais, os poucos que surgiram foram cancelados ou adiados. A vontade de se tornarem "financeiramente independente" está à beira de falhar, pois aquilo que têm auferido mal chega para as despesas milionárias especialmente com a mansão apalaçada que compraram em Montecito, bairro de luxo em Los Angeles.
Quando chegaram aos Estados Unidos houve, de facto, muita curiosidade em relação a Meghan Markle e ao príncipe Harry. Por isso não é de estranhar que o casal fosse abordado para assinar contratos com alguns "gigantes" dos audiovisuais e algumas produtoras. Exemplo foi o contrato de milhões que assinaram com a Netflix e com o Spotify para produzir conteúdo sob sua própria marca, Archewell Audio. Também assinou com a Apple TV, que exibiu a série documental de cinco episódio de Harry com Oprah Winfrey, ‘The Me You Can't See’. Mas há mais: as coisas parecem até a estar a tomar caminho, pois os duques de Sussex marcaram presença nos The Invictus Games acompanhados por uma equipa de filmagens da Netflix. Além disso, foi também anunciado o tão esperado podcast de Meghan, Archetypes que se concentrará nos estereótipos femininos. Ainda assim os projetos maiores como é o caso do programa infantil de Meghan foi recusado pela Netflix que alegou não ter dinheiro para avançar. Estes problemas inesperados que têm surgido estão a deixar o casal sob grande pressão, pois não têm mais nada para oferecer. E o que têm não interessa ao público. A popularidade dos Sussex não para de baixar e já ninguém quer saber deles. Não será por ser um programa infantil com a chancela de Meghan Markle que vai fazer com que as pessoas passem a ver. Isto significa que os nomes de Harry e a mulher, só por si, já não vendem.
O GRANDE ERRO DA DUQUESA DE SUSSEX
"Quando Harry e Meghan se mudaram para Hollywood e se instalaram por conta própria, eles eram um produto muito apetecível. Grandes produtoras estavam ansiosas por conseguirem fechar negócios com o casal. Harry e Meghan, por sua vez, queriam ganhar o máximo de dinheiro possível, por isso assinaram contratos com duração de mais de cinco anos, o que lhes permitiu encaixar muito dinheiro. Mas se as quantias foram de facto muito generosas, isso implica que tem de existir o devido retorno. Mas é inegável, eles ainda não produziram muito", opina Nick Ede, especialista em relações píblicas, à ‘Closer’ inglesa. Esta perda de interesse para com Harry e Meghan Markle tem muito a ver como geriram a sua saída de Inglaterra. Terem apontado a artilharia pesada contra a família real foi o seu maior erro. Acusarem os Windsor de racismo e de se mostrarem indiferentes ao sofrimento da antiga atriz foi um verdadeiro tiro no pé. Especialistas na matéria consideram que teriam tido muito mais vantagens se chegassem aos Estados Unidos e continuassem a comportar-se como realeza. Isso sim, era o que os americanos queriam do casal. Ter uma espécie de monarquia. Este seria o grande trunfo e o passaporte para a fortuna e para a fama tão almejada por Meghan Markle. Não foi inteligente e Harry, apaixonadíssimo pela mulher, deixou-se ir nesta fúria contra a sua família.
Mas agora que o mal está feito, Nick Ede defende perante a referida publicação: "De uma perspetiva de relações públicas, parece-me que foi um erro a promoção desses grandes negócios e projetos antes de terem conteúdo tangível. Isso faz com que agora estejam sob uma enorme pressão e escrutínio. Ambos precisam desesperadamente de começar a trabalhar. As pessoas vão ficar confusas, frustradas ou entediadas de outra forma." Enquanto Meghan teve experiência no mundo de Hollywood, Harry não tem. E é por isso que este especialista em Relações Públicas diz que o príncipe vai ter necessariamente que desbravar terreno: "De momento, Harry não está a fazer nada que não tenha feito na realeza. Não me parece que ele tenha algum conhecimento do showbiz. As portas abriram-se no início, mas isso deixou de acontecer. Ambos precisam elaborar seus próximos movimentos para se salvarem de um escrutínio ainda maior, e precisam de o fazer o quanto."