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Livro de memórias de Juan Carlos adensa guerra com Letizia. Tudo o que o rei diz sobre a nora e como a acusa de destruir a família

Numa tentativa de não deixar pontas soltas nem deixar nada por dizer, no seu livro, 'Reconciliação', o rei emérito acusa a nora de o ter afastado das netas e de nunca se ter esforçado por promover uma relação salutar na família, aumentando o fosso na família real espanhola, que volta a mergulhar numa densa polémica.
Rute Lourenço
Rute Lourenço
06 de novembro de 2025 às 21:10
Livro de memórias de Juan Carlos adensa guerra com Letizia. Tudo o que o rei diz sobre a nora e como a acusa de destruir a família
Livro expõe tensões entre Juan Carlos e Letizia, afetando relação com Leonor e Sofia
Rei Juan Carlos acusa Letizia de afastar as netas e destruir a família real espanhola
Livro expõe tensões entre Juan Carlos e Letizia, afetando relação com Leonor e Sofia
Rei Juan Carlos acusa Letizia de afastar as netas e destruir a família real espanhola

Toda a vida se soube que a relação entre Juan Carlos e Letizia não era salutar, mas até aqui nada era muito mais claro do que rumores que corriam no Palácio de um relacionamento tenso, que muitos atribuíam ao feitio incompatível dos dois. E se dúvidas houvesse, desde que o rei emérito rumou ao seu exílio, nos Emirados Árabes Unidos, que houve como que uma confirmação dessa distância. Enquanto, por ocasião de aniversários ou datas importantes, outros membros da família real rumavam ao Dubai para estar ao lado de Juan Carlos, tal nunca se viu da parte de Letizia ou Felipe VI. Estava erguido um fosso no clã, que de alguma forma parece intansponível.

O assunto é pela primeira vez clarificado pelo próprio monarca, de 87 anos, numa altura em que publica as suas memórias de vida, reunidas no livro 'Reconciliação'. Com uma saúde cada vez mais débil e longe de casa, a obra soa a ajuste de contas com o passado e também a uma vontade de não deixar pontas soltas, mas sim, tudo esclarecido.

Sobre a nora, Juan Carlos admite que sempre teve um ascendente forte na vida de Felipe e que as mudanças começaram logo no início da relação, com este a afastar-se "não só dos pais e das próprias irmãs" como também de alguns amigos de infância. No entanto, admite que apesar de se ter apercebido disso desde muito cedo, nunca tentou interferir nas escolhas do filho. “[Felipe] tinha trinta e quatro anos e sabia o que queria. Assim como com as minhas filhas, que se casaram com os homens que amavam. Nunca tentei influenciá-las ou fazer de cupido. E se tentei, foi em vão”, pode ler-se no livro.

Apesar das divergências, Juan Carlos tinha esperança que, com o passar dos anos, pudesse haver uma maior harmonia na família, algo que, admite, nunca aconteceu e que o rei fazia para que não fosse notório nos compromissos públicos em que tinham de estar juntos. "O sucesso deles enquanto casal era uma garantia para o futuro da Coroa."

A maior dor, afirma agora Juan Carlos, prende-se com o facto de a má relação com Letizia ter interferido na convivência com as netas, Sofia e Leonor, que o rei emérito afiança que, apesar de afetuosa, nunca foi cúmplice, à semelhança do que acontecia com os seus outros netos. 

“Elas são muito elegantes e afetuosas, mas entristecia-me não poder estabelecer um relacionamento mais pessoal com elas, contar histórias, partilhar refeições em restaurantes, viajar com elas, levá-las a assistir a jogos, como fazia com os meus outros netos."

No livro, Juan Carlos elogia a forma como o filho e a nora educaram as filhas, mas diz que sempre lhes faltou esse contacto próximo com a família, algo que não era apenas dirigido a si, mas também à mulher, a rainha Sofia. "A minha mulher nunca pôde recebê-las sozinha em Palma, como costuma fazer com todos os seus primos. Ela via as netas ocasionalmente, mas adoraria tê-las visto com mais frequência, especialmente porque moram a apenas cem metros de distância. Queria transmitir-lhes a nossa genealogia, história e valores familiares. E alguns conselhos de uma ex-rainha com um histórico impecável para uma futura rainha", disse, acusando Letizia de não se esforçar por contrariar a sua natureza e de ter tentado criar pontes entre a família, ao contrário do que ele próprio afirma ter feito. “Sempre fui um lobo solitário (foi assim que fui criado), mas cumpri o meu papel de homem de família de coração: reunia os meus filhos com a avó para o almoço de domingo, as minhas irmãs e as suas famílias para o Natal, e sempre estive disponível para meus primos, sobrinhos e sobrinhas, e meus muitos afilhados.”

Afirmações que vão de encontro àquilo que a especialista em realeza espanhola Pilar Eyre já tinha relatado num dos seus livros em que, a páginas tantas, é descrita uma confissão polémica que Juan Carlos teria feito a um amigo de infância. "Na minha família, ninguém gosta da Letizia. As princesas não a suportam. Ela dividiu-nos a todos, monopolizou o príncipe e até o afastou da mãe! A minha casa é um caos!"

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