
Durante mais de um ano, Johnny Depp travou-se de argumentos com a ex-mulher, Amber Heard, em tribunal. Acusado de violência doméstica, o ator de 'Piratas das Caraíbas' viu o seu nome arrastado na lama, descrito como alcoólico, agressivo e sem qualquer respeito por si próprio. Por outro lado, ficou também provado que a violência era mútua e que as discussões entre os dois passavam, em muito, todos os limites.
Numa transcrição de uma conversa entre os dois, Depp terá dito, depois de uma discussão, que tinha de sair de casa para que tudo não acabasse numa cena de crime.
Para muitos, foi a queda de um ídolo, uma profunda desilusão, mas a verdade é que Johnny Depp foi também defendido por uma verdadeira legião de fãs que afirmavam que os seus problemas conjugais em nada têm a ver com a sua vida profissional. E Hollywood parece concordar.
Esta semana, o ator volta às notícias por motivos bem diferentes. Com as polémicas já por trás das costas, é anunciado que Depp vai realizar a biopic sobre a vida do artista italiano Amedeo Modigliani. Em comunicado, o ator mostrou-se "honrado" por poder contar a história de uma vida marcada "por grandes dificuldades, mas também pelo triunfo".
Além deste projeto, foi ainda revelado que Depp está de regresso aos ecrãs com o filme 'Jeanne Du Barry', onde irá dar vida ao rei Luís XV.
UMA NOVA OPORTUNIDADE
O regresso, em grande, de Depp ao cinema levanta várias questões. Em primeiro lugar, se os casos de assédio, de violência doméstica ou os movimentos me too não passam de meros 'fogos de artifício' esquecidos em poucos meses e em segundo se, efetivamente, estas estrelas merecem ou não uma segunda oportunidade. Ainda não há resposta para isso, mas a verdade é que Hollywood parece concordar com novas oportunidades... pelo menos para alguns.
Depois de Depp, é a vez de Will Smith voltar a brilhar nos ecrãs, com 'Emancipacion', filme com estreia marcada para o início de dezembro nos cinemas e na Apple TV. Este regresso acontece poucos meses depois de, em plena cerimónia dos Óscares, ter agredido Chris Rock com um estalo. Aquando da polémica, todos questionaram os limites do humor e a Academia dos Óscares foi forçada a tomar medidas, banindo Will Smith durante dez anos de todas as cerimónias ligadas à Instituição.
No entanto, a Indústria de Hollywood parece ter sido bem mais branda, apenas aguardando alguns meses até chamar Will Smith de novo. Será que, afinal, "o crime" compensa?