
Ao longo dos últimos dois meses, o nome de Rúben Neves tem estado em grande destaque e tudo devido à proximidade que mantinha com Diogo Jota. Eram os melhores amigos, parceiros no futebol e na vida e, apesar de o futebol os ter afastado fisicamente, levando Neves para longe de Inglaterra, para jogar na Arábia Saudita, continuariam sempre muito chegados.
Aos 28 anos, assume que foi para a Arábia muito por causa do apelo do dinheiro, mas também desafiado por Jorge Jesus, que treinava então o Al Hilal. "Claro que uma das razões foi o dinheiro, não se pode esconder isso", contou aquando da transferência.
Nascido em Mozelos, Santa Maria da Feira, sempre foi um miúdo nos eixos, sendo que a única dor de cabeça que dava à mãe era a de partir as flores dos canteiros a jogar à bola. Da infância, guarda os jogos partilhados com o pai no Estádio do Dragão, mas também a ausência deste, por trabalhar no estrangeiro, o que fez, muito novo, desenvolver um grande sentido de responsabilidade na ajuda à mãe e à irmã.
No amor, sempre se mostrou devoto à companheira, Débora Lourenço, com quem mantém uma relação há mais de dez anos, e que pediu em casamento durante um passeio de barco no rio Douro, numa altura em que a filha mais velha tinha nove meses. O segundo filho nasceu a 13 de abril de 2019 e dois anos mais tarde chegaria Mateo. O enlace acabaria por acontecer em Veneza no luxuoso hotel JW Marriot Venice & Spa, em 2024, depois de ter sido adiado por causa da pandemia.
Agora, depois de ter perdido o seu amigo e confidente, tem sido o ombro da família de Diogo Jota, garantindo que nada lhes falta, e dando o seu maior apoio. Pediu, inclusivamente, autorização para passar a usar a camisola 21, o número de Diogo Jota na Seleção, e tatuou uma imagem do craque.