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O culminar de um ano difícil. O sofrimento de Cláudio Ramos para com a irmã que pôs à prova a sua delicada condição cardíaca

Num ano em que enfrentou um problema cardíaco grave, Cláudio Ramos viveu também a pior semana de que há memória. Enquanto apresentava, com o mesmo profissionalismo, o programa 'Dois às 10', temia o pior em relação à irmã, Iara, que havia desaparecido da sua casa, em Vila Boim, no Alentejo, sem deixar pistas. Agora, com esta em segurança, num hospital a 400 km, em Madrid, a estrela da TVI respira de alívio, mas reforça a vigiliância, numa aflição que teve o condão de unir a família.
Rute Lourenço
Rute Lourenço
20 de outubro de 2025 às 19:58
Cláudio Ramos viveu angústia com o desaparecimento da irmã, Iara, em Vila Boim
Cláudio Ramos viveu angústia com o desaparecimento da irmã, Iara, em Vila Boim

Há uma semana que Cláudio Ramos vivia numa aflição, em silêncio, com medo do que pudesse ter acontecido à irmã, Iara, mas sem o verbalizar para lá do seu núcleo mais restrito. Manteve as rotinas e continuou a apresentar diariamente o 'Dois às 10', na TVI, sempre com o coração nas mãos, à espera das novidades que nunca chegavam, até que, na última sexta-feira, decidiu tomar medidas drásticas. Face à ausência de notícias sobre a irmã, em conjunto com o irmão, Luís, tornou pública a notícia do desaparecimento de Iara, de quem nada se sabia há uma semana.

"Demorámos algum tempo a fazer queixa à polícia porque era eu, na verdade,  eu tinha medo de tornar isto tão público, e ela é uma mulher com 47 anos, podia ter ido e vindo, falamos aqui muito de que uma pessoa adulta é livre de ir e vir", começou por explicar, já depois de a irmã ter sido encontrada, internada num hospital de Madrid, a 400 km de distância de casa, no último domingo, alegadamente depois de ter sofrido um surto psicótico.

Ao longo da última semana, foram muitos os cenários que lhe passaram pela cabeça, principalmente quando, depois de ter entrado, ao lado dos restantes irmãos, na casa de Iara, em Vila Boim, Elvas, encontrou um quadro de quem saiu à pressa, o telemóvel deixado para trás. Esse, descreve, terá sido, talvez, um dos momentos mais duros desde que teve de lidar com a notícia: a consciência de que a irmã poderia ter feito alguma coisa de irreversível. "Eu e os meus irmãos entrámos na casa dela e percebemos que ela tinha deixado o telemóvel, o jantar no fogão, certas características que nos levavam a pensar o pior."

Ainda sem saber quando a irmã terá alta ou poderá retomar alguma normalidade, Cláudio Ramos respira de alívio, ainda que com toda a preocupação que o quadro exige. "Ela está bem, está segura, está no sítio onde tem que estar agora e com o tempo vamos tentar perceber o que aconteceu e como é que aconteceu", afirma quem neste momento pretende dar espaço a que Iara se restabeleça com calma, sem pressão de ter de dar explicações ou lidar com questões que, por ora, não são essenciais.

Certo é que a preocupação será uma constante no sentido de perceber como estará a situação clínica da cabeleireira e de que forma estará pronta para enfrentar uma realidade, que extrapolou do seu mundo, tornando-se pública. Neste momento, e ainda não sendo certo aquilo que aconteceu, conhecem-se apenas alguns retalhos da vida dura que Iara tem tido, nomeadamente o golpe mais duro, quando há cerca de três anos perdeu o marido, Nuno Gama, de forma brutal, vítima de um ataque cardíaco fulminante, tendo ficado viúva com apenas 43 anos, numa perda que, há quem diga, nunca superou.

Para Cláudio, o desaparecimento da irmã teve o condão de o unir, de alguma forma, ao irmão Luís, com quem está há anos desavindo. A angústia comum levou os dois a juntarem-se em prol de um bem maior, depois de ambos já terem admitido as divergências no passado. "Eu acho que as pessoas por serem do mesmo sangue não têm obrigatoriamente de estarem ligadas para a vida. Temos de escolher as pessoas de quem gostamos e as que nos fazem bem. E o meu irmão portou-se muito mal comigo", explicou o apresentador na altura, num cenário que agora todos esperam que seja revertido.

O ANO DURO DE CLÁUDIO RAMOS

Para Cláudio Ramos, este foi episódio que mexeu – e de que maneira – com o seu coração fragilizado, num ano que não está a ser fácil para o apresentador. Apesar da leveza com que aparece diariamente ao lado de Cristina Ferreira nos ecrãs da TVI, nas redes sociais mostra, por vezes, um bocadinho de mais densidade, em desabafos em que mostra o outro lado, que poucos conhecem, e assume, sem capas, uma maior vulnerabilidade, ainda que tente sempre ver o lado das coisas, especialmente aquelas que não consegue controlar, como é o caso da condição de saúde que sofre, e que este ano lhe deu novamente chatices.

Trata-se de uma arritmia, com a qual o apresentador já vive há mais de dez anos, e que estava controlada, mas que este ano voltou a a apoquentá-lo, obrigando-o a vigilância médica apertada. "Tenho fibrilhação auricular. É uma arritmia, não é das piores, mas é má, porque aumenta a probabilidade de alguns problemas. O AVC, por exemplo, cinco vezes mais. Há indicações para tomar anticoagulante. Mas só reduz em 70 por cento o risco, não elimina", começou por explicar Cláudio Ramos para que o público perceba a necessidade de uma cirurgia, à qual já foi submetido há nove anos, com relativo sucesso.

"Depois de nove anos, só tive três episódios de fibrilhação. Dois, converteram com medicação e, este, não converteu. Vou fazer outra ablação, lá mais para a frente, depois das férias."

Apesar de ser um procedimento simples, o momento não deixou de gerar alguma apreensão em Cláudio Ramos, que viveu esses de uma forma muito solitária e reservada, à semelhança daquilo que tem sido a sua vida atual. Muito dedicado ao trabalho, onde atingiria um sucesso retumbante, Cláudio nunca conseguiria a mesma plenitude no amor, onde data de 2023 o seu último relacionamento parcialmente assumido.

"Tenho ao meu lado uma pessoa de quem gosto bastante. Mesmo", revelou, na altura, explicando por que razão não publicava fotografias nas redes sociais ou expunha este amor publicamente. "Sinto que o facto de eu ser esta pessoa me obriga a 'escondê-la' muito bem escondida, para que as coisas possam ir funcionando. Porque se não, não resulta", disse, referindo-se ao mediatismo que poderia expor demasiado o namoro.

Nessa mesma conversa, Cláudio admitia que o namoro era assente no seu lado mais privado, e que poucos conhecem, pelo qual o namorado se tinha encantado.

"Conheceu o Cláudio que muito poucas pessoas conhecem. Creio que foi isso que o encantou. Uma das coisas que me disse foi 'Que surpresa tão boa'. Porque não estava à espera, mas depois, como ele é muito racional, pensa em tudo o que está à volta, tem de medir os prós e os contras. É uma coisa de cada vez".

Apesar da felicidade, o namoro acabaria por não resistir, terminando da mesma forma como começou: discretamente. Desde então, nunca mais se falou sobre conquistas sentimentais e apenas em novembro do ano passado, quando assinalou os seus 51 anos, Cláudio deixou pistas de que poderia estar apaixonado. "Percebi que o amor é bonito com a curiosidade da descoberta, mas sem ansiedade", escreveu, sem nunca revelar muito mais do que isto, mantendo o mistério em torno da sua vida amorosa.

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