
É a cegonha dos tempos modernos! Em Portugal ainda não é possível recorrer a uma barriga de aluguer para concretizar o desejo de ter filhos e, por isso, o sonho não está, ainda, ao alcance de muitos, até pelo preço. No entanto, são cada vez mais os (muito ricos) que viajam até aos Estados Unidos para conseguirem aumentar a família.
O mais recente caso foi a voz do programa 'Big Brother'. Bernardo Góis foi notícia por se ter ausentado durante um mês do reality show da TVI e muito se especulou acerca dos motivos da baixa prolongada. A resposta surgiu há pouco mais de uma semana, com a FLASH! a revelar que a personagem mítica do programa tinha estado nos Estados Unidos para concretizar o desejo de ser pai, através de barriga de aluguer.
CRISTIANO RONALDO FOI PIONEIRO
Em Portugal, o primeiro caso a ser falado, e a correr o Mundo, foi o de Cristiano Ronaldo. Estávamos em 2010 quando o craque anunciou que tinha sido pai e que não pretendia revelar a identidade da mãe da criança. Ora, na altura, o craque acabava de começar um namoro com a modelo russa Irina Shayk e não foi preciso muito para que se descobrisse que tinha recorrido a uma barriga de aluguer para ser pai de Cristianinho. "Acordei com a mãe, que quer manter a sua identidade confidencial, que ficarei com a custódia exclusiva da criança. Não serão reveladas mais informações sobre este assunto
O processo exigiu uma série de viagens em segredo aos EUA, burocracias e, claro, muito dinheiro. É que, para 'encomendar' um bebé numa clínica de luxo como a que foi escolhida pelo craque - a Mayo Clinic - o preço por todo o pacote começa nos 50 mil euros, mas pode ascendar aos 200 mil euros, mediante as condições escolhidas [como por exemplo, se for uma gravidez de gémeos]. Para se chegar a este valor, há muitas questões a ter em conta.
Garante-se, no momento em que se assina a prestação de serviços - chamemos-lhe assim - que a identidade da mãe nunca será divulgada e que esta nunca saberá, também, de que família é o bebé que está a gerar. A única ligação da 'barriga' com o bebé são mesmo os nove meses de gestação, pois no momento do parto o recém-nascido é-lhe retirado sem que esta tenha oportunidade de o conhecer. Ao assinar o acordo, a mulher assume que não terá quaisquer direitos sobre a criança em qualquer momento da sua vida.
Mas, como em qualquer 'serviço', há uma série de alíneas que o podem tornar mais cara ou milionária. No caso de CR7, os óvulos que foram fertilizados terão sido de uma mulher diferente da que, depois, evoluiu com a gravidez, e ambas escolhidas por "catálogo". Na altura, chegou a ser noticiado que a barriga de aluguer era de origem mexicana e "bastante parecida com a atriz Salma Hayek". Nascia então Cristianinho, que crescia com dupla nacionalidade: portuguesa e americana. Anos mais tarde, e numa altura em que já namorava com Georgina, o craque viria a repetir o processo com os gémeos Eva e Mateo, também nascidos de barriga de aluguer. Em ambas as ocasiões, a mãe do jogador, Dolores Aveiro, foi a primeira pessoa a pegar nos bebés ao colo.
A HISTÓRIA DE PAULA AMORIM
Foi há dois anos que a multimilionária portuguesa Paula Amorim, herdeira do império Amorim, embarcou numa viagem até aos Estados Unidos para conseguir ter um filho com o atual companheiro, Miguel Guedes de Sousa, CEO da cadeia de restaurantes JNcQUOI.
Na altura, e aos 49 anos, a empresária já não conseguiu engravidar de forma natural, pelo que decidiu recorrer à gestação de substituição. "Não vou esconder. Fui mãe aos 49 anos, foi uma gravidez de substituição, foi nos Estados Unidos. A minha idade não me permitiu ter uma gravidez eu própria, o meu marido tinha um desejo profundo de ser pai, ele não tinha filhos e é uma alegria. Não foi uma decisão fácil porque já estava com 49 anos e numa fase da minha vida com enormes responsabilidades, em que ter um filho era uma coisa séria. Mas hoje – até porque os dois filhos já não estão em casa – ter o Manuel em casa é uma felicidade e uma luz. Acho que rejuvenesci. Estou muito, muito feliz", explicou a empresária, que tem mais dois filhos, de 20 e 23 anos do anterior casamento.
Uma alegria que, no entanto, tem um preço e que ainda não está disponível ao comum dos portugueses, que têm de procurar outras alternativas, nem sempre com sucesso, para aumentar a família.