Começou por vender tecidos a metro, mas conquistou o reduto do luxo! Como a centenária Loja das Meias soube dar a volta e impor-se entre os gigantes da moda

Às tantas, a história da Loja das Meias confunde-se com a da própria baixa da cidade. Quando Lisboa ainda não era o centro cosmopolita dos nossos dias, que acolhe quase todas as marcas de luxo a nível mundial, havia na Rua Augusta, esquina com o Rossio, uma loja que comercializava tecidos a metro para que modistas e alfaiates pudessem fazer as suas cofeções.

Foi há quase 120 e na altura o dono Pedro Costa acabou por ter um golpe de visão que mudaria o rumo da casa. Ao casar-se com uma modista, o empresário faria um twist no negócio que os levaria a importar de capitais da moda como Paris artigos que na altura ainda não se viam em Portugal.

As famosas meias de seda (que acabariam por ditar o nome da loja) foi um dos artigos mais famosos, mas seguiram-se os jeans e artigos de marcas que então ainda não tinham chegado ao nosso país. Foi o abrir portas ao mercado do luxo em Portugal e a todo um mundo novo.

O negócio foi-se sempre renovando e, mesmo quando Pedro Costa faleceu, a sua descendência assumiu o lugar, com o negócio a ficar nas mãos dos bisnetos, que levaram a cabo uma verdadeira expansão. Abriram lojas em diversos lugares e os eventos com figuras públicas tornaram-se os mais conhecidos quando ainda pouco havia que lhes fizesse concorrência.

Hoje, a centenária Loja das Meias tem casas espalhadas por vários pontos e Cascais é um dos seus redutos mais famosos, com a loja a assinalar os seus 30 anos de vida esta semana. O edifício histórico é ponto de paragem obrigatório por aquelas bandas, e ainda mais agora que a loja foi completamente renovada para assumir um toque de maior modernidade.

Um piscar de olho às clientes mais jovens ainda que os responsáveis não tenham dúvidas de que quem os procura são, acima de tudo, mulheres e homens a partir dos 35 anos, que querem acrescentar um toque de elegância e charme aos visuais.