Viúva há dois anos, Jackie, que tinha assistido ao assassinado do marido, o presidente dos Estados Unido John F.Kennedy, em Dallas, ainda não estava completamente restabelecida deste pesadelo, embora fizesse de tudo para voltar a ter uma vida normal. Corria o ano de 1965.
Philip Roth, um dos maiores vultos da literatura americana e mundial, vivia atormentado com o passado devido ao seu primeiro casamento. Era um homem marcado mas, ao mesmo tempo, exercia um certo fascínio sobre as mulheres.
A antiga primeira-dama e o escritor conheceram-se numa festa em Nova Iorque, em 1965, e, de imediato, sentiram-se atraídos um pelo outro. Marcaram mais alguns encontros e saíram para jantar. Não se sabe o que terá acontecido durante esses encontros que, até há pouco tempo, foram mantidos em segredo.
O que se sabe é que uma certa noite Jackie Kennedy, mais tarde Onassis, terá convidado Philip Roth para subir ao seu apartamento. Em 'Roth Unbound', uma biografia escrita por Claudia Roth Pierpont, o escritor ter-se-à sentido constrangido com o convite. "Pensava: estou a entrar na mulher que sai nas capas das revistas. Estou a sentar-me no sofá da mulher que sai nas capas das revistas. Por detrás daquela porta dormem as crianças que saem nas capas das revistas".
Quando terá chegado o momento de se beijarem, o resultado não terá sido o desrjado já que Roth não soube lidar com a pressão: "Foi como beijar a capa de uma revista".
Já numa outra obra, 'What Jackie Taught Us', de Liz Smith, voltou-se a falar deste romance que afinal não resultou.
Roth morreu esta terça-feira, aos 85 anos, deixando um enorme legado.
