Ljubomir Stanisic teve ser transportado para o hospital
depois de se ter sentido mal, ao 6.º dia de
greve de fome. O chef jugoslavo está a participar na manifestação do setor de hotelaria e restauração 'Sobreviver a Pão e Água'.
No final da tarde desta quarta-feira, Ljubomir Stanisic foi assistido pelo INEM após "uma quebra nos níveis de glicemia". "Ele estava desidratado, com os olhos vermelhos e palpitações no peito", contou uma fonte à 'TV 7 Dias'.
"Ele estava muito fraco. Já esta tarde
precisava que o ajudassem a andar", afirmou outra testemunha à 'CMTV'.
Stanisic foi então levado para o hospital, onde recebeu uma injeção para subir níveis de glicemia no sangue. O chef teve ainda de assinar
um termo de reponsabilidade antes de sair do hospital,
regressando à manifestação na companhia da mulher, Mónica Franco.
"
Foi uma grande queda de glicemia, excesso de cansaço e falta de alimentos", explicou ao 'Expresso'. "O fígado estava a começar a ficar afetado e ainda me vão ligar mais logo do hospital, mas
depois de uma injeção para reposição dos valores que tinha em baixo "já me sinto melhor", acrescentou.
Já no fim de semana, à 'Sábado', Stanisic admitia estar a ficar fraco.
"Estou um pouco fraco, o corpo está a reagir, tive cãibras, já houve aqui duas quedas hoje. O Carlos Saraiva e o
João Sotto Mayor tiveram duas descargas emocionais. Estamos a tentar não nos movimentarmos.
Estou um pouco zonzo, é normal, tenho tonturas. Mas
sou como um bambu, vergo mas não parto, não tenham dúvidas disso", afirmava no domingo, em declarações à 'Sábado'.
A certa altura, Stanisic chegou mesmo ao ponto de
comparar o governo de António Costa com a ditadura de Slobodan Milosevic, que foi
julgado por genocídio durante a guerra do Kosovo.
"
Isto é o pior fascismo de regra que conheci. Tivemos um filho da p*** assim na Jugoslávia há 17 anos, passámos 21 dias de fome e derrubámos o filho da p*** do ditador do Milosevic. Isto também tem de cair. Isto é surreal", atirou.
O grupo do movimento 'Sobreviver a Pão e Água' está acampado em frente à Assembleia da República e exige ser recebido pelo ministro da Economia, apesar de já ter reunido com assessores do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa.