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A ligação a Paulo Portas e as polémicas do passado de Pedro Guerra: De assessor 'milionário' a acusado de ser "influenciador" da imprensa

Paulo Portas tirou-o do arquivo do 'Independente' e deu-lhe o papel de jornalista, depois de seu assessor e braço direito. Incomodou tanto o PS que Ana Gomes o acusou de controlar a imprensa nacional. Ele mandou-a para psiquiatria.
Por João Bénard Garcia | 16 de novembro de 2024 às 15:56
Pedro Guerra, Pedro Fonseca e Fernando Mendes Foto: D.R.

Polémico quanto basta, Pedro Guerra viu-se envolvido em várias confusões quando salta do papel de jornalista do ‘Independente’ para o de assessor do seu antigo diretor, Paulo Portas, o homem que o tirou do arquivo e o sentou na redação do extinto semanário e o levou para os gabinetes do Ministério da Defesa nacional.

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A mudança começou logo a dar nas vistas quando foi publicado em Diário da República o vencimento do fiel assessor. Era um salário bruto de 4.888 euros e deu muito que falar, pois era superior ao que seria pago ao próprio ministro. A coisa ter-se-á resolvido como uma correção pois teria havia "um erro de publicação que foi depois retificado" e o próprio assessor desvalorizou esse episódio em declarações à imprensa, nunca revelando o exato valor do seu vencimento na Defesa.

Pedro Guerra, que faleceu esta sexta-feira, vítima de doença prolongada foi depois assessor de Paulo Portas, dizia que o tinha sido "com muito gosto" enquanto Portas liderou o CDS e acreditava que com a sua saída da liderança "o partido nunca mais será o mesmo". Nesse aspeto tinha razão, como se verifica.

ACUSADO DE SER O "CONTROLEIRO" DA IMPRENSA

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Outra das polémicas políticas que teve por se manter fiel a Paulo Portas foi o da acusação, por parte de Ana Gomes, de ter montado uma central de informação na sede do Governo que permitia gerir os conteúdos que chegavam à imprensa, que estaria a ser altamente manipulada, nomeadamente em processos como o do escândalo de pedofilia da Casa Pia, que arrasou as hostes socialistas, com a detenção do dirigente Paulo Pedroso e suspeitas levantadas contra Ferro Rodrigues.

A socialista Ana Gomes denunciou aquilo a que chamou de "central de desinformação e calúnia de dirigentes do PS" durante o processo Casa Pia, que funcionava "junto do então ministro Paulo Portas", acrescentando que "Pedro Guerra era um dos principais agentes dessa central de desinformação". A Ana Gomes, Guerra respondeu assim: "Só a psiquiatria pode explicar. Um evidente caso de falta de vergonha e de decoro de quem se julga justiceira. Uma paraquedista sobrevivente que tem amigos nos sítios certos e que vamos ter de continuar a aturar, infelizmente."

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