O Papa Francisco morreu esta manhã de segunda-feira, dia 21 de abril, aos 88 anos, depois de ter lutado contra uma pneumonia grave nos últimos meses.
O funeral irá decorrer nos próximos dias na praça de São Pedro, no Vaticano, e, embora ainda não tenham sido revelados mais detalhes, já se sabe que as cerimónias fúnebres irão quebrar tradições seculares, a pedido do próprio Papa Francisco, ainda em 2017.
O Papa quis simplificar o processo para colocar fim a "endeusamentos" e pediu ao Departamento para as Celebrações Litúrgicas do Sumo Pontífice para alterar as regras das cerimónias fúnebres papais. A nova versão do Ordo exsequiarum Romani Pontificis foi apresentada em novembro de 2024 e é, na prática, uma versão simplificada daquela que foi colocada em prática com os seus antecessores, que tinham três caixões e ficavam num altar para que os fiéis os pudessem venerar.
Com Francisco, haverá apenas um caixão, de zinco, e o seu corpo não irá permanecer em altar.
Mas esta será apenas uma das mudanças. Acredita-se que uma das principais se prenda também com a duração das exéquias, conhecidas por serem celebradas ao longo de nove dias. Um tempo considerado excessivo, principalmente por causa da decomposição do cadáver, até mesmo com as técnicas inovadoras dos nossos dias, e do odor que este liberta.
"Simplificámos muito as cerimónias. Tínhamos de o fazer. Eu serei o primeiro a protagonizá-lo", dissera Francisco em 2017, em declarações à televisão mexicana.
