
João Baião é hoje uma personalidade quase consensual na televisão portuguesa e espelho disso são as múltiplas homenagens de que foi alvo na celebração dos seus 60 anos, ocasião que acabou por ser a eleita pelo próprio apresentador para lançar o seu livro de memórias, ‘O Outro Lado da Alegria’.
Na obra, recorda os tempos do ‘Big Show SIC’, programa do terceiro canal que conduziu entre 1995 e 2000 e o levou ao estrelato, e como acabou por ser duramente criticado e inclusive acusado de consumo de droga, por causa da sua inesgotável energia no ar.
"Era uma experiência nova. Senti que estava a fazer uma coisa para mim, algo que também nunca tinha feito enquanto profissional. Senti que havia ali qualquer coisa, um romper de um estereótipo na programação da televisão", declarou João Baião à ‘Nova Gente’.
"O meu trabalho ganhou outra dimensão. Claro que não foram só rosas, aplausos, méritos e benefícios, palmadinhas nas costas e elogios. Também aconteceu o contrário. Fui arrasado, julgado. Chamaram-me as coisas mais extraordinárias dentro do universo da maldade, sem pudor", agregou o atual anfitrião do formato matinal da SIC, ‘Casa Feliz’, ao lado de Diana Chaves.
"Inventaram-me como consumidor de drogas por não entenderem o meu nível de energia. Eu sou assim. Sempre fui assim e nunca me droguei. Não bebo álcool e na altura tão-pouco, não é uma opção de hoje. As pessoas arrepiavam-se com a minha energia e sentiam necessidade de me criticarem de uma maneira muito violenta", continuou.
"Para elas, eu era um drogado, consumia drogas pesadas, alvitraram-se todas as hipóteses. Ou melhor, inventou-se o que se quis e o que não se quis. Tudo o que poderia justificar uma pessoa ter energia", concretizou o comunicador.