Não teve uma infância sorridente, tal como a própria relata no livro 'Mãe Coragem'. Para além da miséria - própria das famílias pobres da época - Ângela, a mulher que casou com José Viveiros, o pai de Dolores, foi uma das grandes responsáveis pelos dias mais tristes de Dolores enquanto menina e jovem.
No livro, a mãe de Cristiano Ronaldo - que ficou orfã de mãe aos cinco anos - não esconde os episódios de grande violência sofridos às mãos da madrasta. A convivência entre as duas nunca foi fácil, mas agora, na hora da morte de Ângela, a matriarca da família Aveiro reconhece que foi ela que a ajudou a criar, rendendo-lhe a devida homenagem.
"Hoje especialmente e de todo o meu coração presto a minha humilde e agradecida homenagem a esta mulher que, mal ou bem, ajudou-me a criar a mim e aos meus irmãos após a morte da minha querida e amada mãe", escreveu Dolores na sua conta de Instagram.
E continuou: "Foi minha madrasta e a mulher que o meu pai escolheu quando resolveu refazer de novo uma família (bem lá atrás no tempo, ainda eu era uma criança), ela deu-me meios irmãos, deu-me irmãos de criação. Proporcionou-me uma grande família mesmo nas dificuldades da vida (eramos dez filhos na mesa, metade dela metade do meu pai) depois teve os deles, mais 3".
"Foi esta a minha família, foi assim que cresci com ela e com eles!!! Quero com estas palavras pedir paz à sua alma neste dia que vai para perto do meu querido pai, que Deus a guarde e dê paz à sua alma. Obrigada mãe (foi assim que sempre a chamei).Que a senhora descanse em paz", concluiu que lhe perdoou os momentos mais difíceis da sua infância.
