
No comunicado em que anunciava a morte de Virginia Giuffre, com apenas 41 anos, a família foi clara: a 'bagagem' da norte-americana tornou-se um fardo demasiado pesado. "Virginia foi uma guerreira feroz na luta contra o abuso sexual e o tráfico sexual. Foi a luz que iluminou outras tantas sobreviventes", pode ler-se no comunicado da família, citado pela NBC. "No fim de contas, o peso do abuso é tão pesado que se tornou insuportável para Virgínia lidar com seu peso."
A norte-americana pôs fim à vida na última semana, aos 41 anos, depois de uma longa batalha em que se tornou numa das vozes mais ativas contra os abusos sexuais sofridos às mãos do magnata Jeffrey Epstein e do príncipe André. Com a sua denúncia, Virginia encorajou dezenas de outras vítimas a fazer o mesmo, expondo um caso de tráfico e escravidão sexual.
Apesar da coragem, um amigo revelou ao 'Daily Mail' que a advogada vivia apavorada com a alegada perseguição dos inimigos poderosos. "Ser desacreditada publicamente foi uma das coisas que a deitou abaixo ao longo dos últimos meses", diz a fonte.
Para culminar a situação, Virginia atravessava um momento familiar complicado com um divórcio duro em que a guarda dos três filhos foi entregue ao pai das crianças. "Tudo foi muito difícil para ela. Virginia estava muito deprimida. A passar por um inferno que ninguém pode imaginar."
Nos últimos tempos, Virginia já dava grandes sinais de instabilidade. Nas redes sociais, causou alarme ao revelar que tinha sofrido um grave acidente que a tinha deixado a lutar pela vida, mas ao que parece tudo não passou de um ligeiro embate de automóvel. Certo é que esta publicação acabaria por ser vista pelos seus inimigos, inclusivamente o príncipe André, como algo que poderia mostrar perante a opinião pública que Virginia não era uma pessoa confiável.
Numa fase em que a advogada já estava a passar pelo seu momento mais duro, o seu estado psíquico foi-se agravando ao ponto de na última semana ter colocado fim à própria vida.