Isabel II e Filipe de Edimburgo, 72 anos de casamento: polémicas, escândalos e traições
O casal tem a relação mais duradoura da História da monarquia britânica. São mais de 7 décadas de polémicas de um homem leal à rainha mas infiel à mulher mais poderosa do Reino Unido.
A rainha Isabel II e o duque de Edimburgo estão a comemorar 72 anos de casamento esta quarta-feira, 20. São mais de sete décadas de dedicação ao trono mas também de polémicas e infidelidade.
Primos em segundo grau, o casal conheceu-se em 1934, ainda crianças, no casamento da princesa Marina da Grécia e Dinamarca e do príncipe George, duque de Kent. Cinco anos depois voltaram a encontrar-se no Real Colégio Naval de Dartmouth, tinha Isabel 13 anos, foi quando começaram a trocar cartas.
Passaram oito anos para que o rei Jorge VI anunciasse o noivado da filha mais velha com o príncipe da Grécia e da Dinamarca. Em 1947, o casamento na Abadia de Westminster fez história ao ser o primeiro a ser transmitido em direto pela rádio da 'BBC', para cerca de 200 milhões de ouvintes.
Tudo parecia estar em acordo. Os dois casaram-se por amor, o que não era comum, Filipe renunciou a todos os títulos gregos e dinamarqueses e converteu-se ao anglicanismo. Passou a ser o duque de Edimburgo e Sua Alteza Real e os primeiros meses de casamento foram vividos com grande cumplicidade diante do público.
Os conflitos começam a existir no nascimento do primogénito do casal, um ano depois do casamento, quando o duque de Edimburgo insistiu que o príncipe Carlos tivesse o seu apelido, sem sucesso. "Sou o único homem no país que não pode dar o nome aos filhos", comenta o marido da rainha de acordo as biografias não autorizadas.
As histórias das festas intensas e dos casos extraconjugais passaram a ser constantes na imprensa britânica, notícias que a rainha nunca comentou. A lista das supostas amantes de Filipe de Edimburgo é extensa e inclui a prima, a princesa Alexandra, as atrizes Merle Oberon, Pat Kirkwood, Zsa Zsa Gabor, Patricia Hodge, a apresentadora de TV Katie Boyle, a mãe da nora Sarah Ferguson, Susie Barrantes, entre outras.
E as polémicas não ficam entre as mulheres. A imprensa britânica chega a falar num romance homossexual com o ex-presidente francês Valéry Giscard d’Estaing, além de ter o nome envolvido num escândalo sobre orgias dos aristocratas, organizadas pelo artista Stephen Ward (que tirou a própria vida ao ser considerado culpado pelo caso Profumo).
Mas o grande amor de Filipe terá sido Lady Penny Brabourne, 30 anos mais jovem do que o duque, com quem terá mantido uma forte ligação. Oficialmente, os 2 eram grandes amigos e eventos desportivos juntos.
Depois dos escândalos sexuais que envergonharam a rainha Isabel II ao longo de décadas, o nome de Filipe volta a estar envolvido noutro história. Após o trágico acidente que matou a ex-nora princesa Diana, o pai de Dodi - namorado de Lady Di, que também morreu no acidente em Paris - declarou que o duque teria ordenado a morte da princesa.
A investigação, que terminou em 2008, não encontrou provas sobre uma conspiração para a morte da mãe de William e Harry.
Apesar de Filipe não ter concordado com o casamento do filho, em 1981, também não queria o divórcio do casal. Da mesma forma, Filipe também não aprova a nova mulher do príncipe herdeiro, Camilla Parker-Bowles, segundo especialistas na casa real.
O duque de Edimburgo decidiu retirar-se da vida pública em maio de 2017, aos 96 anos de idade. A rainha Isabel II continua em funções há 66 anos, já é o mais longo reinado britânico. A monarca completou 93 anos em abril.
O casal tem 4 filhos, 8 netos e 7 bisnetos, com mais um a caminho, o primeiro filho do príncipe Harry e Meghan Markle.