Rainha Máxima da Holanda chora a morte do pai, ex-ministro da ditadura argentina

Jorge Zorreguieta, de 89 anos de idade, morreu na terça-feira, 8 de agosto, em Buenos Aires, na Argentina, devido a um linfoma de Hodgkin que lhe havia sido diagnosticado há um par de anos. A rainha Máxima, de 46 anos de idade, está devastada com a morte do pai.

Com o agravamento do estado de saúde do pai, a rainha-consorte da Holanda interrompeu as suas férias no passado fim de semana tendo viajado de urgência para a Argentina e, assim poder despedir-se daquele que foi ministro da ditadura militar de Videla.

Com o agravamento do estado de saúde do pai, a rainha-consorte da Holanda interrompeu as suas férias no passado fim de semana tendo viajado de urgência para a Argentina e, assim poder despedir-se daquele que foi ministro da ditadura militar de Videla.

Recorde-se que Jorge Zorreguieta e todo o seu passado político saltaram para as primeiras páginas de todos os jornais quando o romance entre Máxima e o então herdeiro da coroa dos Países Baixos. Com um pai que pertenceu ao governo do ditador argentino Jorge Rafael Videla (1976-1981), a jovem Máxima não era vista como a noiva ideal para o príncipe Willem-Alexander.

Embora Jorge Zorreguieta sempre tenha negado qualquer participação ativa ou conhecimento do que se passou na Argentina durante a ditadura militar, uma investigação efetuada em 2002 implicou-o pessoalmente em todas as violações dos direitos humanos cometidas durante o regime.

Apesar de toda a controvérsia, o parlamento holandês acabou por permitir o casamento mas colocando uma condição: Zorrieguieta não poderia assistir à cerimónia real. Um dos momentos mais emotivos do casamento foi quando tocou o tango  'Adiós Nonino', que Astor Piazzolla compôs em homenagem ao seu pai falecido e que a noiva escolheu em honra do pai ausente.