
O alemão Willi Weber ficará para sempre conhecido como o empresário de Michael Schumacher durante o seu tempo na Fórmula 1, tendo acompanhado de perto o piloto alemão desde os tempos da Fórmula 3 até ao seu último Grande Prémio em 2012, com os 7 títulos mundiais pelo meio.
No entanto, no seu novo livro 'Benzina nel Sangue: Michael Schumacher, il cavallo vincente', Willi Weber afirma que não ficou satisfeito com a forma como a família, nomeadamente a mulher Corinna, lidou com o acidente de esqui, em 2014, que deixou Schumacher severamente debilitado. "Um amigo meu disse-me que o Michael teve um acidente de esqui, mas que não parecia grave. Depois dizem-me que está a ser transportado para um hospital, ligo à mulher e não atende", começou por referir numa entrevista à 'Gazzetta dello Sport'.
"Ligo novamente no dia seguinte e ninguém atende. Comecei a perceber que me queriam deixar fora desta questão", completando: "Foi uma enorme dor para mim. Tentei centenas de vezes contactar a Corinna, posso perceber a situação inicial, mas, depois, deles só ouvi mentiras. Fiz tudo pelo Michael e sempre protegi a vida privada dele, não esperava um comportamento semelhante dela, ainda estou furioso sobre como fui cortado da vida deles", continuou.
"O Jean Todt [ex-Ceo da Ferrari e ex-presidente da FIA] é como a Corinna. No início diziam-me que era demasiado cedo para falar do Michael. Agora é demasiado tarde. Passaram-se nove anos desde o acidente, se calhar era melhor dizer a verdade. (…) Se pudesse falar com o Michael, dir-lhe-ia que estaria sempre com ele e que sinto falta dele. Três anos depois do incidente deixei de tentar falar com a família, não posso mudar as cosias. Para mim era como um filho", terminou.
Recorde-se que a família de Schumacher criou um manto de silêncio em torno do real estado de saúde de Michael, recusando revelar como está na realidade o antigo campeão. São poucos os que sabem a verdade.