
Na manhã do dia 29 de dezembro de 2013, Michael Schumacher estava a esquiar com amigos e com o filho de 14 anos nos Alpes Franceses. Ao ver a filha de um amigo em apuros, o antigo piloto alemão apressou-se a tentar auxiliar, saindo da pista para uma zona onde a neve se acumulava com maior intensidade. Aí embateu numa rocha, um dos mecanismos de segurança deixou de funcionar, e ‘Schumi’ saiu disparado pelo ar até cair de cabeça contra uma outra pedra. O capacete que usava salvou-lhe a vida, mas a normalidade nunca mais entraria na casa da família Schumacher.
O documentário da Netflix intitulado ‘Schumacher’ – com a estreia agendada para o dia 15 de setembro – faz um apanhado sobre a carreira e a vida daquele que inegavelmente foi um dos ídolos de muitos dos adeptos do desporto motorizado nas décadas de 90 e 2000, afinal, 'Schumi' é um dos grandes: venceu por 7 vezes o campeonato mundial de Fórmula 1, um recorde que apenas em 2020 foi igualado, por Lewis Hamilton. Nele, tal como a mulher Corinna, que admitiu que Michael hoje está "diferente", intervém o filho Mick, hoje com 22 anos e também ele um piloto de Fórmula 1.
"Desde o acidente que estes momentos, que muitos têm com os seus pais, já não estão presentes, ou estão, mas menos, e eu acho que é injusto", começou por confessar. "Eu acho que o meu pai e eu nos compreenderíamos de uma forma distinta simplesmente porque falamos o mesmo idioma, que é o idioma dos motores. E teríamos tanta coisa para falar", lamenta, acrescentando, "é aí que está o meu pensamento, que isso seria incrível, daria tudo para poder fazê-lo."
O filho do Barão Vermelho está atualmente na sua época de estreia na Fórmula 1, ao serviço da Haas, depois de ter passado por campeonatos de Fórmula 4, 3 e 2, antes da chegada à competição mais mediática do mundo do automobilismo, na qual, depois do Grande Prémio dos Países Baixos, disputado na última semana, se encontra em 19º lugar na tabela, entre 21 condutores.