Na semana em que se assinalam os dez anos sobre o misterioso e mediático desaparecimento, a 3 de Maio, na Praia da Luz, em Lagos, da pequena Madeleine McCann, que estava prestes a celebrar quatro anos de idade no dia 12 de maio, muitas são as histórias que se recordam, não só da menina inglesa, mas em especial do passado menos ortodoxo dos seus pais.
E foi quando a Comunicação Social começou a dar como perdidas as esperanças de encontrar com vida a pequena Maddie, ‘petit nom’ pelo qual ficou mundialmente conhecida, que a história dos pais se tornou mais interessante para a Imprensa internacional.
Tão interessante que, em setembro de 2007, quando surgiram as primeiras suspeitas das autoridades policiais portuguesas de que os progenitores poderiam estar envolvidos no desaparecimento, ou mesmo morte, da criança, o passado do casal McCann subiu à ribalta das capas de jornais, em especial nos do seu país de origem: Inglaterra.
O pai, Gerry McCann, um médico cirurgião com ligações familiares e de amizade aos governantes britânicos, em especial ao círculo mais próximo do ex-primeiro-ministro Gordon Brown, viu a sua vida vasculhada pelos tablóides britânicos, mas o passado da mãe, a médica anestesista Kate McCann era um aperitivo picante para a Imprensa.
Foi por isso que o Daily Mail, em setembro desse ano, foi à Universidade de Dundee, onde o casal estudou, e a Rothley, onde moravam, vasculhar histórias calientes. Familiares e amigos de faculdade acabaram por revelar à Imprensa que Kate nunca foi a mulher sem sorriso ou a imagem da mãe abatida pelo trágico desaparecimento da filha de quase quatro anos de idade.
NOITADAS, BEBEDEIRAS E UMA ALCUNHA
Em 2007, eram ainda muitos os amigos que se lembravam de Kate, ainda jovem e com o apelido de solteira Healey, que era a alegria da Universidade de Dundee, onde estudava Medicina. Kate gostava do seu curso, no qual foi uma aluna mediana, apesar de todos os seus pares lhe reconhecerem brilhantismo, mas que se perdia com farras, copos fora de horas e por vezes danças a altas horas da madrugada... até não se aguentar em pé.
Conhecida no campus universitário pela alcunha de ‘Hot Lips’, em tradução para português corrente "Lábios Quentes", dava nas vistas por usar um batom vermelho vivo que chamava, sobremaneira, a atenção dos colegas do sexo masculino e a fazia colecionar uma legião de admiradores.
Há dez anos, o extinto jornal 24horas chegou à fala com Linda McQueen, uma antiga amiga de Gerry na universidade, que relatou pormenores da vida muito agitada da futura mãe de Maddie."Ela tinha muitos admiradores e, nessa altura, só pensava em divertir-se. A Kate adorava sair em grupo e nem pensava assentar. O Gerry já estava apaixonado por ela, mas era impossível conseguir segurá-la. Só a conquistou quando foram os dois trabalhar para a Nova Zelândia. Um dos requisitos do Gerry para casar era que a futura mulher fosse inteligente e a Kate cumpria o requisito: Era brilhante."
ENTREVISTA DOS PAIS PARA ASSINALAR DATA
Kate e Jerry deram uma entrevista especial à BBC para assinalar a passagem dos 10 do desaparecimento da filha. Os progenitores de Maddie acreditam que a filha ainda está viva e reforçam a tese de rapto, negando qualquer envolvimento na incidente.
Veja um excerto da conversa.
