
O rei Carlos III está a gerar controvérsia com a sua escolha de Michael Dixon para exercer as funções de chefe médico da família real, revelada pelo 'Sunday Times'.
A polémica surge por se tratar de um médico que já apoiou métodos de medicina alternativa, nomeadamente a homeopatia, tendo sido mesmo eleito patrono da Faculdade de Homeopatia, em 2017, cenário que está a causar ira na comunidade científica. Edzard Ernst, médico e professor emérito da Universidade de Exeter, afirmou: "Qualquer pessoa que promova a homeopatia está a prejudicar a medicina baseada em provas e o pensamento racional. A primeira enfraquece o Serviço Nacional de Saúde e a segunda causa danos à sociedade."
O palácio de Buckingham apressou-se a explicar a opção do monarca de 75 anos, através de comunicado enviado ao 'Telegraph': "O Dr. Dixon não acredita que a homeopatia possa curar o cancro. A posição dele é que terapias complementares podem coexistir com os tratamentos convencionais, desde que sejam seguros, apropriados e tenham base em provas".
"Enquanto príncipe de Gales, a posição do rei sobre terapias complementares, saúde integrada e escolha do paciente foi bem documentada. Nas suas próprias palavras: ‘Não é sobre rejeitar a medicina convencional a favor de outros tratamentos: a expressão ‘medicina complementar’ significa precisamente isso’", completou.
Michael Dixon, que chegou a levar um curandeiro cristão ao seu consultório para doentes crónicos, já havia trabalhado com o rei Carlos III, enquanto este era ainda príncipe de Gales.