A difícil decisão de avançar para o lugar de Marcelo Rebelo de Sousa: Almirante fala em tristeza no momento em que diz adeus à Marinha

Lisboa e Alfeite, em Almada, foram as bases escolhidas para a despedida oficial do almirante Gouveia e Melo, esta sexta-feira, dia 20 de dezembro.

"Hoje é um dos dias mais tristes da minha vida, pois vou despedir-me de vós, que fostes, nos últimos 45 anos, a minha grande família", iniciou o chefe do Estado-Maior da Armada, depois de 45 anos de carreira e 3 de liderança.

Várias foram as operações em que esteve presente e recordou, emocionado, algumas das coisas mais importantes que retirou delas: "Das nossas conversas, da capacidade de nos rirmos de nós próprios e sermos mordazes (...) de partilhar noites ao frio em quartos intermináveis, de ficarmos encharcados com a água do mar (...) dos ruídos e movimentos ritmados e dos rangidos das anteparas e madeiras".

"Agradeço-vos do fundo do meu ser, a vossa coragem, a vossa lealdade e a vossa prontidão, nesta aventura de 45 anos que está prestes a terminar", agradeceu, emocionado, o almirante que não esqueceu os camaradas que sempre o apoiaram e estiveram ao seu lado.

O provável candidato às eleições presidenciais de 2026, terminou, deixando palavras de força aos colegas marinheiros: "Tenham fé, esperança e uma grande força interior para viverem este sonho, que é a vida na Marinha. E nunca deixem de ter orgulho na nossa condição de marinheiros, pois fostes fiéis ao nosso sonho e irredutíveis no amor e dedicação à Pátria. Muito obrigado! Onde quer que eu esteja, serei, sempre, um vosso camarada".