Acusado de não querer saber dos filhos, José Carlos Pereira revela que morte do pai o afastou do mundo
José Carlos Pereira, que foi alvo de críticas da ex-namorada Inês de Góis, afirma que se tentou alhear de tudo por culpa da morte do progenitor.
José Carlos Pereira pronunciou-se sobre a dor que sente por ter perdido o pai no dia 18 de novembro, numa altura em que estava de férias no Brasil para celebrar o 45.º aniversário. O ator de ‘Festa é Festa’, da TVI, afirma ter pretendido alhear-se da realidade após a tragédia.
"Há momentos em que ainda digo ‘Vou-lhe ligar’ e não posso. Não apaguei o número, nem acho que vá apagar tão cedo, porque acho que ainda não tive tempo para me despedir. Desde que cheguei, há cerca de 20 dias que tenho estado em modo de piloto automático a tratar das coisas todas, porque sou filho único. Tento não ter espaço e tempo para pensar, quando chego a casa é para dormir e pouco mais", começou por dizer na emissão desta terça-feira do ‘Dois às 10’, da TVI.
"Quando arranquei daqui para o Brasil, ele estava a terminar um ciclo de antibiótico e tinha indicação para ter alta, e portanto fui descansado, de um dia para o outro recebo a notícia de que ele piorou substancialmente e no dia a seguir deu-se isto. Estar longe complica, na medida em que sentimos de uma maneira diferente, porque não estamos lá, não sei se ameniza ou se intensifica, sei que o choque que senti na altura foi muito grande, perdi um bocadinho até a noção do que se estava a pensar", acrescentou José Carlos Pereira.
"Quis abandonar a realidade, desliguei o telefone e tentei alhear-me um bocadinho da realidade, fui andar e não sei quanto tempo andei, depois sentei-me na praia, fartei-me de chorar, mas complica porque a logística é muito diferente, não estamos com cabeça para tentar tratar de viagens e destas coisas", concluiu.
Recorde-se que, no final de novembro, Zeca foi alvo de críticas e acusações por parte da ex-namorada Inês de Góis, que protestou com a viagem feita ao Brasil, dizendo que este não tinha interesse nos seus filhos mais novos, Tomás e Afonso, de dois e um anos, respetivamente: "Tenho muita pena dele, que nem com a morte do pai queira ver a família. Não é por mim, que estou-me a cagar para ele, é pelos filhos. Ele que seja um bom pai, porque a minha porta tem estado sempre aberta para ele. Eu é que tenho que fazer um esforço para ele estar mais tempo com os filhos."