Guilherme Castelo Branco confessa que se fechava no quarto a chorar por causa das excentricidades do pai, José Castelo Branco
Em entrevista intimista a Manuel Luís Goucha, o filho de José Castelo Branco contou como foi crescer com uma figura paternal excêntrica.
Guilherme Castelo Branco foi o convidado de Manuel Luís Goucha no seu programa da tarde e falou sobre a sua relação com o pai, José Castelo Branco, e como foi crescer com uma figura paterna tão excêntrica.
Guilherme começou por dizer que notou uma mudança de visual no progenitor quando tinha "6 ou 7 anos", por altura do casamento do socialite com Betty Grafstein, em 1996.
"Começa a usar uns casacos mais diferentes, umas camisas mais coloridas, começo-o a ver usar base (...) que eu não via outro pai (...) a fazê-lo e eu começo-me realmente a questionar (...) 'Porque é que ele fazia isto?' (...) Ele dizia-me sempre 'Oh filho, tenho algumas imperfeições de quando era miúdo, do acne, e então gosto de estar no meu melhor quando saio de casa, portanto não tem mal nenhum', isto é apenas um embelezamento", partilhou.
Quando Castelo Branco começou a ficar mais famoso através de participações em programas de televisão, Guilherme conta que se tornou vítima de bullying na escola.
"Alguns comentários que não eram os mais simpáticos (...) era miúdo, não compreendia por que é que as pessoas não viam a mesma pessoa que eu via, mas viam uma pessoa diferente e questionavam essa diferença", lamentou.
"Só viam a capa, não conheciam pessoalmente (...) Eu, na altura, senti-me ofendido por ele aparecer assim. Hoje em dia compreendo que a culpa não foi dele, foi minha, mas também me permito com a idade que tinha de ter sentido isso, portanto também não fico chateado comigo (...) Faz parte do nosso crescimento, faz parte da nossa evolução", revelou.
Guilherme contou que no início da adolescência chegava mesmo a fechar-se no quarto a chorar e não desabafava o que sentia com ninguém.
"Eu sentia vergonha de demonstrar que não conseguia estar bem, o meu núcleo familiar sempre foi muito forte, as pessoas sempre foram muito carinhosas, sempre foram pessoas que demonstravam o amor à sua maneira...", explicou.
"Acabei por me esconder e acabei por conseguir ultrapassar as coisas sozinho", salientou. "Eu nunca tive um acompanhamento psicológico ou um psiquiatra e fui-me resolvendo (...) Eu acho que consegui compreender e ultrapassar as coisas, mas há quem diga que eu se calhar reprimi as coisas e um dia virão ao de cima, não sei, eu acho que estou bem", assegurou.