Júlio Isidro marcado pela Covid-19! "A Pior partida que a vida me poderia fazer agora era eu morrer na praia"

Júlio Isidro, de 75 anos de idade, está em pânico com a Covid-19. À margem da apresentação do novo livro de Teresa Guilherme, o apresentador da RTP Memória confessa-se "cheio de medo", em entrevista à 'TV Guia': "Saio o mínimo possível, porque acho que a pior partida que a vida me poderia fazer era eu agora morrer na praia... Quero morrer no campo."

Os receios de Júlio Isidro, que já leva 60 anos de carreira, aumentaram depois de, em 2019, se ter submetido a uma cirurgia delicada ao coração, que deu sinais de debilidade. "Fiz primeiro o cateterismo, mas depois tinha um aneurisma na aorta e tive de ser operado. Colocaram-me uma prótese na aorta e quatro próteses nas artérias renais e femorais. E está tudo a funcionar maravilhosamente", revela, com um sorriso nos lábios.

O histórico comunicador da estação pública adianta ainda à mesma revista, com algum humor à mistura, pormenores mais curiosos em relação à sua operação: "Mas não tenho uma única cicatriz. Posso aparecer nu à vontade, não vou aparecer, juro, senão depois ia subir as audiências e não é o meu género, mas meteram-me essas coisas todas pela virilha."

CRÍTICAS AO NOVO-RIQUISMO NA TV

A vivermos uma guerra nunca vista na televisão portuguesa entre SIC e TVI, Júlio Isidro aceitou comentar as superproduções a que assistimos hoje em dia, defendendo serem "cenários de um novo-riquismo" que não lhe parece importante: "Vivemos numa sociedade de aparências e depois abre-se o melão e não sai de lá nada. Na vida é mais importante o fator humano, na arte, nas relações. As tricas e os mexericos estão para lá da realidade. É importante fazer televisão olhos nos olhos com o público."

Em casa, as filhas veem TV com ele e a mulher, Sandra. "Tenho filhas com 21 e 18 anos, que veem televisão ao lado do pai e são casos raros. Continuo a acreditar ser possível fazer televisão para a família e não apenas para espreitar pelo buraco da fechadura."