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Hell's Kitchen

Ljubomir Stanisic volta ao pior pesadelo da infância marcada pela violência: "Espetei uma faca nas costas do meu pai"

O chef de 'Hell's Kitchen' cresceu no meio de uma guerra e numa casa marcada pela violência doméstica, pelo álcool e pelos ciúmes.
24 de janeiro de 2022 às 17:21
Ljubomir Stanisic, chef, jugoslavo Flash
Ljubomir Stanisic, chef, jugoslavo Foto: D.R.
ljubomir stanisic, coração na boca, saravejo Flash
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Ljubomir Stanisic, 43 anos de idade, é hoje uma estrela televisiva e um dos chefs mais conceituados do País mas, para chegar aqui, o caminho foi duro. O chef de 'Hell's Kitchen' teve uma infância atormentada pela violência: a da guerra mas também a que vivia em casa, obrigado a defender-se da agressividade do pai.

Ljubomir voltou a recordar o episódio em que espetou uma faca nas costas do pai. Tinha apenas 11 anos de idade. "Tive um pai que batia na minha mãe. Quando tinha 11 anos, espetei uma faca nas costas do meu pai. E não tenho vergonha nenhuma de dizer isso. Odiei o meu pai até aos 35 anos porque era um bruto, alcoólico, ciumento de merda, ultrapassei isso para me tornar uma pessoa mais forte", explicou o cozinheiro bósnio durante o programa da SIC.

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"Hoje em dia, sou muito feliz de ter tido aquele pai. Se ele não tivesse sido assim, eu não seria este homem que está aqui hoje", assumiu ainda. A relação de Ljubomir com o pai ficou cheia de fantasmas do passado e questões por resolver.

O pai, Mihailo, era administrador da Companhia das Águas da Bósnia, e agredia a mãe, Rosa Petronic, economista. "Não tive uma infância feliz com o meu pai. Sou filho de pais divorciados, como há tantos. O meu pai era uma pessoa mais agressiva, praticante da violência doméstica. Não correu muito bem, quando cheguei a casa com 11 anos e encontrei-a a minha mãe naquele estado [desmaida no chão, agredida pelo marido]", recordou Ljubomir há alguns anos durante uma conferência.

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A paz com o pai chegou apenas com a morte de Mihailo. "A história com o meu pai foi essa. Tive muitos anos para fazer as pazes com ele. Só fiz quando ele morreu. São vidas, nasci numa vida dura. Tu não podes escolher a família. Hoje em dia é uma pessoa que eu respeito. Após a morte dele respeito-o muito, porque me ensinou a amar a família, a proteger a família ao máximo e a nunca cometer os mesmo erros que ele cometeu na educação dos filhos", justificou ainda o chef na altura.

Ljubomir recebeu a notícia da morte do pai quando andava a viajar pela Europa, de autocaravana, com a mulher e os filhos. Foi assim que escreveu o livro 'Papa-Quilómetros Europa'. Era manhã cedo e tinha saído da auto-caravana para fumar um cigarro, depois de ter bebido café. Com todos estes pensamentos a varrerem-lhe o cérebro, voltou a sentir a mesma raiva que o levou, um dia, a espetar uma faca nas costas do pai. "E pimba! Dei um soco na minha própria tromba!"

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