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Maria das Dores revela que mandou matar o marido porque ele lhe chamava 'Maria Gorda': "Eu era, simplesmente, maltratada"

A socialite, que não tem uma mão, está a cumprir uma pena de 23 anos por ter encomendado a morte do marido, o empresário Paulo Pereira Cruz. Maria das Dores conta tudo, sem rodeios nem pudor.
05 de julho de 2019 às 17:00
Maria das Dores Flash
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Cristina Ferreira foi à prisão de Tires entrevistar Maria das Dores, a antiga socialite que está a cumprir uma pena de 23 anos por ter mandado assassinar o marido, o empresário Paulo Pereira Cruz - pai de Duarte, o seu filho mais novo - que se queria divorciar dela.

"Acho que tudo o que me aconteça de mal, eu mereço. E mereci", começou por dizer Maria das Dores, que explica que nos primeiros anos da pena viveu em negação.

"Três, quatro anos depois, comecei a aperceber-me de que, na realidade, tinha causado uma catástrofe. Tinha vitimizado muita gente. E tinha sido a causadora daquilo tudo. E aí comecei a sofrer, a aperceber-me do porquê. (...) Ninguém tem o direito de tirar a vida a ninguém. E isso, nunca me vou desculpar", disse.

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maria das dores Foto: Flash

Maria das Dores contou que foram os ciúmes, os maus tratos verbais e a consequente baixa autoestima que a levaram a cometer o crime, mas que amou profundamente o marido no início da relação.

Maria das Dores Flash
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Maria das Dores Foto: Pedro Garcia / FLASH!
Maria das Dores, david motta Foto: Pedro Garcia / FLASH!
Rosa Grilo Flash
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Luís e Rosa Grilo Flash
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Diana Fialho Flash
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Rafaela Cupertino Flash
Rafaela Cupertino Flash
Inês Cupertino, irmã gémea de Rafaela Cupertino Flash
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"Quando o conheci foi uma paixão avassaladora (...) Idolatrava-o (…) Nós davamo-nos muito bem. Eu era casada. Contrariamente ao que se diz, eu tinha uma vida. Trabalhava num banco (…) Não cometi este crime por dinheiro. Cometi este crime por ciúme e por me sentir com a autoestima completamente em baixo. Porque eu era, simplesmente, maltratada", recorda.

A ex-socialite perdera um braço alguns anos antes, num acidente de viação onde Paulo Cruz ia a conduzir. Algo que contribuiu para o afastamento do casal. "Comecei a sentir que estava gorda (…) Fui-me apercebendo do afastamento... rejeição, em termos íntimos, porque lhe fazia confusão o braço", contou.

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OS INSULTOS DE PAULO

Maria das Dores tentou explicar o que a levou à sua decisão, embora garanta que ainda hoje não consiga perceber realmente o que aconteceu.

"Foi depois de muita, muita coisa. Muitos episódios de maus-tratos verbais. De me chamar 'Maria gorda', de dizer: 'Olha aquela tão gira'. Depois de tantas coisas feias. E de eu cada vez me sentir mais pequenina (...) Era tratada como 'não tens braço. Pesas 100 quilos'", contou.

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David Motta Flash
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Maria das Dores continuou na espiral descendente até tomar a derradeira decisão. "Aquilo foi um momento que eu tive. Comecei a pensar em tudo. Fiquei sem um braço. Ele não esteve no velório da minha mãe. Pensei em tudo. 'Vais-me pedir o divórcio. Vais ficar com o Duarte. Eu, se calhar, vou ficar sem nada. Eu não posso ficar sem o Duarte'. Eu sabia que ele me ia pedir o divórcio. Eu não queria. Não sei explicar. Estou tão arrependida (...) Não sei explicar o que se passou comigo".

A ENCOMENDA DO ASSASSINATO

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O empresário foi morto com duas pancadas na cabeça por homens contratados por Maria das Dores. "A Maria mandou matar o seu marido", disse-lhe Cristina Ferreira.

"Sim (…) Não pensei", admitiu Maria das Dores, acrescentando: "Disse só [ao motorista] que queria que lhe batessem. E ele perguntou: 'mas bater como?' e eu disse: 'quero que o Paulo morra. Quero que o meu marido morra'. Disse isso'.

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David Motta Foto: Liliana Pereira
David Motta Foto: Liliana Pereira
David Motta Foto: Liliana Pereira
David Motta Foto: Liliana Pereira
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Maria das Dores mostrou-se arrependida ao longo de toda a entrevista, garantindo no entanto que não é "uma psicopata".

"Ninguém tem o direito de tirar a vida a ninguém. É o que sei. E eu fi-lo. Portanto, tudo de mal que me aconteça é pouco. Tenho de pedir perdão às pessoas que vitimizei. Agora, não sou uma psicopata nem ando para aí a pensar em matar pessoas", afirmou.

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