Mariana Mortágua diz-se perseguida e assume orientação sexual
A revelação foi feita pela própria candidata a líder bloquista que aponta o dedo ao partido de André Ventura.
Mariana Mortágua viu ser arquivado um dos processos judicais de que era alvo, por acumulação de funções enquanto deputada e comentadora da SIC Notícias. Esta segunda-feira, 24, no programa 'Linhas Vermelhas', a candidata a líder do Bloco de Esquerda acusou o partido de André Ventura de a perseguir politicamente.
No programa da SIC Notícias, Mortágua recordou que este ano já foi alvo de três processos, um interposto por Marco Galinha, dono do grupo Global Media, depois da deputada ter identificado "o seu sogro como um oligarca russo" e outras duas "por um membro destacado do Chega".
Num desses processos, apontou a deputada, Marco Galinha foi chamado como testemunha da acusação. "Estes processos têm um intuito muito claro, que é o desgaste público e político, quanto mais não seja porque, no decorrer destes processos, a comunicação social vai dando nota que eles acontecem, mesmo que o seu desfecho seja o arquivamento", explicou.
"Sei que este tipo pressão e perseguição política vai continuar e vai, até, subir de tom e de nível. Seja porque sou mulher, seja porque sou de esquerda, seja porque sou uma mulher lésbica, seja porque sou filha de um resistente antifascista [Camilo Mortágua], seja porque, aparentemente, tenho o dom de incomodar algumas pessoas com muito poder. Sei que, infelizmente, nos dias que correm, para algumas pessoas vale tudo na política", avaliou Mariana Mortágua.
"Vou continuar a ser quem sou e a fazer exatamente o meu trabalho como tenho feito até aqui", garantiu ainda a deputada bloquista.