Na sombra do irmão: como João Monteiro ajudou Zaza nas horas difíceis e os dois se tornaram inseparáveis

Saúde mental. Foi esse o mote de entrada para Francisco Monteiro, de 28 anos, no 'Big Brother 2023', e foi a preservação da mesma que o fez desistir, mesmo sendo um dos protagonistas do 'Desafio Final'.

O percurso de vida fala por si. As inseguranças, a depressão, o facto de "a vida nunca ter feito sentido" fez com o vencedor da última edição do 'BB' sempre se sentisse "perdido". No meio desta difícil caminhada, houve um homem que nunca o deixou: o irmão. João Monteiro, de 30 anos, tem apenas 15 meses de diferença de Francisco, e como mano mais velho teve sempre na retaguarda da busca incessante pela felicidade de Zaza, como Francisco é chamado pelos amigos.

Apoiou-o na entrada no reality show quando todos "olharam de lado" para a sua inscrição e deu a cara pela "causa" durante os mais de três meses do formato. De tal forma presente que acabou apaixonado e por conquistar o coração da apresentadora Cristina Ferreira. Francisco e João estiveram juntos nas alegrias, mas também na dor… até quando todos comparavam Zaza àquele que era o seu modelo de referência.

A depressão e o ténis

"Vivi sempre na sombra do meu irmão", afirmou Francisco numa entrevista a Manuel Luís Goucha, dias depois de ter vencido o 'BB'. E assim foi, mesmo no que diz respeito a uma das maiores paixões: o ténis. "Foi sempre uma pessoa [o irmão] que teve muito mais sucesso do que eu no ténis, por exemplo."

Francisco gostava de ter ido mais longe nesta modalidade desportiva, mas assume que a sua falta disciplina nunca o deixou chegar onde João chegou (foi campeão nacional). No entanto, sofreu na pele até ter tomado a decisão de desistir de competir. Promessa que mantém até hoje e que o fez nunca mais pegar numa raquete de ténis. "Eu apenas queria ser alguma coisa no ténis. Sentia é que havia sempre uma comparação: ‘Ele realmente não é ninguém ao pé do irmão’. Sentia-me um nada em relação a ele."

Mas, mesmo assim, João Monteiro nunca deixou de estar a seu lado. Até porque este foi apenas um dos períodos negros de Francisco. Zaza confessou que toda a vida sempre se sentiu perdido. Nunca gostou de estudar e até hoje não sabe o que quer fazer na sua vida profissional. Durante o período académico foi para Valência, num programa de Erasmus, e foi aí que viveu a sua depressão mais profunda.

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