
Foi treinador do FC Porto e na época o seu presidente foi, claro está, Jorge Nuno Pinto da Costa, o homem que esteve 42 anos à frente do clube azul e branco e que Villas-Boas derrotou de forma estrondosa nas urnas. Mas ser treinador do Porto não bastou a André Villas-Boas. Ele quis mais. Propôs-se a protagonizar uma mudança. Mas essa coragem e a manifestação pública dessa vontade trouxe-lhe vários dissabores e ameaças.
Apesar de tudo a família do novo presidente do FC Porto mostrou-se sempre unida, não obstante os momentos duros que tiveram de viver, nomeadamente a agressão ao segurança e atos de vandalismo à moradia onde vive. Na altura, Joana, mulher de André Villas-Boas chegou até a falar de como estavam a gerir a situação complicada.
"Não queria falar muito sobre o tema futebol e aquilo que temos visto, mas quero dizer que encaramos tudo isto de uma forma muito natural e com o apoio total ao André", afirmou Joana Villas-Boas à 'Nova Gente' no dia 18 de novembro, três dias antes terror que aconteceu à porta de sua casa.
"Todos os passos e caminhos profissionais" do marido "são acarinhados" por ela e pela família, sublinhou. "Ele sabe que nos tem como retaguarda e sempre prontos a apoiá-lo em tudo o que faz", garantiu Joana, a mãe dos três filhos do treinador. Joana estava com os três filhos, Benedita, Carolina e Frederico, na estreia do musical 'O Aladino no Gelo' no MAR Shopping Matosinhos e já sabia que um muro perto de sua residência tinha sido vandalizado com as palavras "traidor" e "ingrato".
A 21 de novembro, contudo, a casa de Villas-Boas sofreu o segundo ato de vandalismo. A polícia chegou a ir ao local na sequência do rebentamento de um petardo, mas horas depois, já de madrugada,o segurança do ex-treinador, de 64 anos, foi agredido e teve de ser transportado para o Hospital de Santo António, onde recebeu tratamento.
A questão que agora se coloca: pode a família de André Villas-Boas respirar enfim de alívio? Terá o perigo passado? Embora tudo aponte que o pior já passou, só o tempo terá uma resposta precisa e fiel a esta questão. Para já, Villas-Boas e família continuam a ser protegidos permanentemente por vários elementos do corpo da PSP.