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Revelação

Activo e preocupado com o país! Os dias preenchidos de Ramalho Eanes

Aos 90 anos, o antigo Presidente da República ainda não calçou as pantufas. Continua a trabalhar "todos os dias".
Por FLASH! | 30 de outubro de 2025 às 12:33
Activo e preocupado com o país! Os dias preenchidos de Ramalho Eanes
António Ramalho Eanes
Ramalho Eanes
Ramalho Eanes, Marcelo Rebelo de Sousa
António Ramalho Eanes
Ramalho Eanes
Ramalho Eanes, Marcelo Rebelo de Sousa

António Ramalho Eanes foi Presidente da República entre 1976-1986, ou seja, fez dois mandatos. Agora, com a morte de Francisco Pinto Balsemão, Luís Osório considera que Eanes, de 90 anos, "é o único que nos resta entre os mais destacados fundadores da nossa democracia".

Na crónica 'Só Entre Nós' que escreve para o 'Jornal de Notícias' escreve o jornalista a propósito do antigo Presidente da República: "António recebeu a notícia da morte de Francisco com tristeza. Não se tinham dado bem em vida, é verdade. Não confiavam um no outro, mas quarenta anos depois de um ter sido Presidente e o outro Primeiro-Ministro, quase tudo ficara esquecido. A notícia abalou António Ramalho Eanes que escreveu, falou, abraçou os filhos de Francisco Balsemão e esteve presente na despedida de uma amizade nunca exercida."

E sublinha Osório: "Agora, é o único que nos resta entre os mais destacados fundadores da nossa democracia, talvez o mais consensual e independente, talvez o menos permeável às luzes da ribalta." E passa, então, a revelar como é o dia a dia de Ramalho Eanes.

"Eanes trabalha todos os dias, preocupa-se todos os dias com o país, tenta aprender uma coisa nova todos os dias, lê um poema todas as noites, faz telefonemas, intercede e é intercetado sempre que sai à rua – uns por o desejarem abraçar, outros por precisarem de uma palavra sua, há também os que querem falar, desabafar, dizer que no seu tempo é que era", conta o escritor.

Avança de seguida pormenores mais pessoais: "Depois, em casa, sossega com Manuela. Tratam um do outro, existem um para o outro. Mais os dois filhos e os três netos, a Joana, o António e a Madalena que, se as contas não me falham, frequentam o liceu."

Termina Luís Osório: "Imagino que, de olhos fechados, regresse à infância em Alcains, aos lagares de azeite, às estórias de lobos perdidos, aos canteiros a quem nunca faltava trabalho, ao desejo de ser médico. Com a morte de Balsemão só nos resta um. Que o tratemos bem, que o abracemos em vida, que lhe suavizemos o medo… não da morte, mas do destino do país que ama."

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