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Surpresa

Adriano Luz revive dramas familiares ao falar do pai: "Nunca me procurou, nem sequer sou perfilhado"

O ator Adriano Luz, que tem dois filhos, confessa que não entende quem abandona os filhos. "Não percebo!"
20 de julho de 2024 às 18:27
Adriano Luz
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O ator Adriano Luz confessou como foi crescer nos anos 1960 em Portugal sem uma figura paterna, sem sequer conhecer o pai.

"Eu nunca tive sequer curiosidade em conhecê-lo. Lembro-me de um dos senhores, o senhor Delfim, era de uma família que alugava um anexo, um dia me mostrou o meu pai lá numa tasca, estava a beber uns copos. Mas eu conheço-o é de fotografias que depois a minha tia e a avó, passado muitos anos, me deram, mas nunca troquei uma palavra com ele", contou o ator de 65 anos no 'Alta Definição', com Daniel Oliveira.

"Nunca tive assim uma coisa: 'Ai, gostava muito de conhecer o meu pai' [...] A minha avó assumia um bocadinho esse lado. Era assim muito bruta e fazia muito bem a função do pai. Parecia um pai ela", disse ainda.

Viver com a mãe, a avó e várias pessoas em casa que arrendavam quartos na casa da sua família era a realidade do ator. "Para mim era normal. Tinha a minha avó e a minha mãe. E a minha mãe tinha um namorado que eu chamava 'papá'. O meu pai verdadeiro desapareceu da vida da minha mãe eu era bebé. Chatearam-se, ele foi-se embora", contou.

"Na idade dos conflitos com os pais aconteceu o 25 de abril, então eu tive outras coisas para me entreter", justificou ainda sobre nunca ter sentido a falta daquele homem. 

"Segundo creio, nunca me procurou, eu nem sequer sou perfilhado, que é uma coisa que hoje em dia não existe", revelou Adriano, confessando também alguns momentos desagradáveis na escola. 

"Às vezes na escola havia alguns professores que não tinham a sensibilidade para perceber que há perguntas que não se fazem. Se no bilhete de identidade não está lá o nome do pai é porque não existe um pai. Lembro-me de haver uma ou outra pergunta: 'Então e o teu pai?'", lembrou, ao que ele respondia: "Não tenho".

"Não me lembro que isso me traumatizasse de alguma maneira, nunca senti que esse factor da falta do pai prejudicasse, porque às vezes ter um pai é péssimo. A ideia de que as famílias são bestiais... são, quando são equilibradas. A minha era dentro do desequilíbrio que ela tinha, porventura. Mas era muito equilibrada. A minha mãe fez tudo e um par de botas para que nós fôssemos felizes", sublinhou.

Adriano Luz tornou-se pai aos 38 anos e hoje em dia confessa que não compreende que "um pai ou uma mãe abandone" um filho. "Não percebo!"

"Sou um pai um bocadinho chato demais porque sou muito controlador. Sem querer ser controlador, sou. Então com os telemóveis hoje em dia é terrível, porque a tentação de controlar é imensa", afirmou. Adriano é pai de Afonso, de 28 anos, e de Salvador, de 19.

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