Mariana Fernandes revela ter sido pressionada a cantar um tema de K-pop, música pop oriunda da Coreia do Sul, que não queria, para que se transformasse num "cromo" da nova temporada do ‘Ídolos’, da SIC.
Num vídeo na rede social TikTok, a jovem de 17 anos expôs todo o processo pelo qual passou e como a estação ocultou partes relevantes da sua participação nos castings do programa conduzido por Sara Matos, para que transparecesse uma imagem diferente.
"Há duas fases de casting, que é o casting de selecção e o casting para a televisão. Houve uma pré-seleção antes daquilo que vocês veem na televisão. Nos primeiros dias de audição nós tivemos de cantar para uma câmara, para depois eles ligarem-nos e sermos chamados depois para cantarmos para os jurados. Ou seja, os cromos que vocês veem são selecionados de propósito para aparecer no ‘Ídolos’", começou por afirmar.
"Basicamente, o que me lixou é eles terem descoberto que eu sei dançar. A coisa mais fácil de fazer sendo uma pessoa que ouve K-pop é quando nos pedem para dançar é dançar uma música de K-pop porque é aquela que nós temos na cabeça. A minha fase de ‘kpoper’ mesmo já foi há algum tempo, eu continuo a ouvir casualmente, mas não é a minha coisa favorita. Eles descobriram que aquilo que eu estava a dançar era K-pop e levaram essa palavra até ao fim, fizeram disso a minha personalidade. Mesmo eu dizendo-lhes que não era o meu estilo de música para cantar, eles continuavam a insisti", referiu.
"Eu cantei ‘Death of a Bachelor’, de Panic! At the Disco, e ‘Leva-me a Viajar’, da Sara Carreira. Ou seja, presumi que ia cantar uma dessas músicas à frente dos jurados. Quando fui seleccionada para cantar para os jurados, eles ligaram-me dois dias antes de ir para Lisboa e insistiram para cantar K-pop", continuou ainda.
A jovem fez também revelações sobre as opiniões que não chegaram à emissão final: "Eu cantei ‘Radioactive’ [tema de Imagine Dragons] e esforcei-me bastante naquela música, e eles agiram como se eu não tivesse cantado nada. Recebi dois ‘sins’ e dois ‘nãos’, os ‘sins’ foram do Tatanka e da Ana Bacalhau, eles disseram que eu tinha perfil de 'Ídolo' e me imaginavam mais longe no programa. (…) Não têm a noção do quão esgotante é estar 14 horas num sítio para receber um não por ter um estilo muito próprio. Eu não fiquei chateada com o facto de não ter passado, mas pelas razões que me deram. (…) Não foi por causa disso [comentário de Martim Sousa Tavares] que eu chorei. Foi um dia extremamente esgotante para eu chegar lá e receber comentários da Joana Marques de que eu vivo num mundo muito próprio e de que não há muita gente coreana em Portugal, que as pessoas não iam entender e que eu não ia encaixar em estilos diferentes."
"O que é engraçado é que eles cortaram as partes em que eu estava a cantar bem, só passou na televisão bocadinhos de eu a desafinar porque me estava a rir da cara deles. Então vocês chegam lá a fazer a vossa cena, olham para dois paspalhos e eles estão assim a olhar para vocês? Saí de lá bué mal, e eu preferia não ter passado com críticas sobre o meu canto, do que não ter passado só porque tenho um estilo muito próprio", rematou.
