Pedro Mourinho revelou que correu "risco de vida" durante a cobertura da guerra na Ucrânia.
"Era muito intenso. Eu e o Nuno [Quá] chegámos a viver situações que não falámos, mas que nos ficam na memória. Haverá momentos para falar sobre isso. Mas corremos risco de vida", disse à 'TV 7 Dias' durante a festa de São João da TVI, no Porto.
O barulho dos fogos de artíficio parecem estar a assustar o jornalista. "Há coisas que são físicas e que mudaram em mim. A sensação dos foguetes, por exemplo. Ou ouvir sirenes dos bombeiros", afirmou.
"Quando estamos lá, estamos sempre alerta. O som dos mísseis a explodir é muito forte e faz sempre diferença. Aqui com os foguetes é diferente, porque estás em Portugal, no Porto, no São João, mas de repente estala um e isso provoca sempre aquela sensação…", confessou.
Polémica do ordenado
Pedro Mourinho não esquece no entanto a polémica que se criou nas redes sociais com comentários sobre o ordenado dos correspondentes de guerra.
"Surgiram rumores nas redes sociais que os jornalistas ganham balúrdios. Isso é completamente falso. E isto não é nenhuma crítica, nenhuma queixa. É aquilo que é pago. Nós temos um sentido de missão e é por isso que lá vamos, mas recebemos tanto na Ucrânia como receberíamos em Badajoz", esclareceu.
"São as ajudas de custo, 89 euros, e a pernoita, de 30. Isto será assim na RTP, na SIC e na TVI. Ninguém vai para lá para enriquecer, mas sim para contar o que está a ver, fazer o melhor trabalho possível, com um espírito de missão muito grande pelo seu canal, pela sua profissão, e mais nada", acrescentou.