Renato Sanches, que acaba de completar 20 anos de idade, tem tido vários episódios de vertigens. "Ele tem um problema com os cristais, nos ouvidos. E quando se enerva é pior. Às vezes dá-lhe umas tonturas um bocado fortes, dá-lhe vómitos, é uma cena chata", explica um amigo de infância do médio português, em exclusivo a FLASH!.
O futebolista acaba de ser emprestado, sem opção de compra, do Bayern de Munique para o Swansea. Os britânicos pagaram, por este empréstimo, 8,5 milhões de euros e a equipa alemã bateu o pé a outros clubes, por não prescindir de Renato Sanches, de vez.
Afinal de contas, o seu problema de saúde, apesar de lhe provocar incómodo quando surge, não prejudica a prática desportiva nem impossibilita que faça uma vida normal. O site FLASH! contactou a neurologista Teresa Paiva, que explica o que pode estar na origem das vertigens de Renato. "Podem haver várias causas. Num jovem pode ser devido a uma otite e isso é transitório. Tem durante uns tempos e passa".
Recorde-se que, no início de junho, Renato preparava-se para viajar para a Polónia, com a selecção de sub-21, mas acabou por embarcar um dia mais tarde e depois de uma passagem pelo hospital CUF Descobertas. Na altura, uma infeção nos ouvidos terá sido o motivo das vertigens. "Dessa vez foi bem forte. Ele vomitou e ficou muitas vezes no quarto, cheio de tonturas".
Não é episódio único. O atleta, de alta competição e único português a ter sido distinguido com o Prémio Golden Boy, de jogador-revelação, em 2016, já teve outras crises de vertigens, embora ligeiras. "Isso dá-se mais é se ele se enervar ou se estiver chateado com alguma coisa", desvenda o mesmo amigo.
A neurologista Teresa Paiva observa que a doença neurológica de Renato Sanches pode também enquadrar-se num quadro de Síndroma de Ménière. "É uma doença crónica e provocas crises vertiginosas. Mas há tratamentos sintomáticos".
Os alemães do Bayern de Munique que compraram o passe de Renato por 35 milhões de euro sujeitaram-no a rigorosos exames médicos e, tal como na Seleção Nacional, todos estão a par das suas condições de saúde. Só que as vertigens, quer sejam ou não dentro do quadro de um Síndroma de Ménière, não impedem que jogue, sem limitações.
Mais uma vez, é a conceituada neurologista que explica: "Será praticamente impossível que um futebolista, como me está a perguntar, tenha uma crise durante um jogo e caia. Há sinais que o corpo dá e, quando a pessoa os sente, cessa a sua actividade até estar bem".
Teresa Paiva conclui, assim, que "mesmo que seja um Síndroma de Ménière, a pessoa leva uma vida normal". O amigo de infância de Renato não soube precisar qual o problema neurológico do internacional português. "Não sei o nome do que ele tem. É uma cena nos cristais dos ouvidos".
