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Pedro Chagas Freitas
Pedro Chagas Freitas COMO F***DER UM CASAMENTO Manual Prático para Mul

Notícia

O amor é...

... a mais desequilibrada das formas de equilíbrio.
01 de abril de 2019 às 22:48
Pedro Chagas Freitas, Dicionário do Amor, crónica, amor, escritor
Pedro Chagas Freitas, Dicionário do Amor, crónica, amor, escritor

[a explicação da música]

Alguém um dia terá dito que a vida sem música não faria qualquer sentido, nada mais certo, a música faz parte do que somos, crescemos com música, vivemos com música, habitualmente há música quando morremos, somos música do primeiro ao último minuto da nossa existência. A música, como as outras formas de arte, existe para nos fazer olhar para o inexistente, ou para nos fazer sentir, conseguir sentir, o existente. Sem ela, sem a música, sem a arte, seríamos um monte de zombies, um monte de mortos-vivos, sem capacidade para fazermos do que temos em nós algo que ultrapassasse aquilo que a realidade nos oferece. A música, a arte, existe para fazer sobreviver, e é a isso a que chamamos vida. Nem o amor existiria, tal como é, tal como o sentimos presente, sem a figura da música, sem a figura da arte. É a música que o leva para outro nível, que o torna inesquecível, como a poesia, como a pintura, como o cinema. Amamos o amor que a arte nos entrega, e é ele, amiúde, que nos segura ao que não é arte. Ninguém vive sem comida e ninguém vive sem arte, por mais que a maioria não o perceba.

[a explicação dos opostos]

Vemos, desde pequenos, filmes a mais, sobretudo filmes de polícias e ladrões, e é por isso que raramente somos algo mais do que isso: ou somos polícias ou somos ladrões, é difícil não ficar fascinado por um dos lados, ou somos o herói que salva a cidade e o mundo e a mulher jeitosa no fim da película, ou somos o carismático criminoso que nunca é apanhado e pelo qual torcemos para que consiga andar a monte toda a sua vida, com uma vida de luxo e de brilhantismo inauditos.

[a explicação da política]

Quando ouvimos um político falar em nome do povo é certo que está prestes a foder, sem recurso a qualquer anestesiante, o povo. A política é como um caixote de lixo: podemos, se formos criteriosos, se formos pacientes, se taparmos bem o nariz, se não regurgitarmos com facilidade, se tivermos discernimento, se formos inteligentes, encontrar o que é bom ali no meio. Há quem tenha encontrado, em caixotes do lixo imundos, legítimos tesouros, que mudaram as suas vidas para sempre.

[a explicação do abraço]

Três segundos: é esta a duração média de um abraço entre duas pessoas. Mas é só a partir dos vinte segundos que um efeito curativo toma o corpo, e a mente, dos abraçadores. A oxitocina, a hormona do amor, é a obreira desse prodígio: relaxa, acalma, aperta os fantasmas, espreme os tormentos. Bastam vinte segundos para tudo acalmar, e para tudo morrer, igualmente.

Ser: v. Aquilo que só acontece aos que amam; quem não ama não é — só está.

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