
E o amor é… Não, nada disso. O amor não é sobre gatas borralheiras que perdem sapatinhos, nem sobre princesas que dão beijinhos a sapos que afinal são príncipes. Isso são fábulas para crianças, equivalentes à do pai natal. Um menino de 5 anos pode dizer que vai ser astronauta, e não é preciso desiludi-lo. Mas se você acredita que um dia vai encontrar um príncipe, sendo adulta o melhor é avisá-la já que não vai. Amor também não é aquela coisa horrível que inventaram no passado, sobre uma rapariguinha que gosta de limpar a casa e que um dia encontram um rapaz muito trabalhador, casam e ficam juntos para sempre. Aliás, o certo sempre foi terem vidas separadas, ele na taberna com os companheiros de cerveja e ela em casa a coser meias. Que não se pense com isto que não acredito no amor. Sim, não só acredito como sei que existe. Que é possível a partilha de vidas e corpos entre dois adultos que se admiram mutuamente, e que por isso mesmo nenhum dos dois se interessa por terceiras pessoas a esse nível. Mas isso implica uma maturidade, que infelizmente é muito rara. O que existe muito é o que vemos no ' Lembram-me as crianças na escola, que no intervalo da manhã brincam com um coleguinha porque é o seu melhor amigo, e no intervalo da tarde com outro porque é agora este o melhor amigo, e mais ao final da tarde se se encontrarem todos, brincam os três porque são muito sociáveis. Não sabendo o que é o amor, coisa de adultos, vive-se o desejo e a necessidade de amar como se brincava em criança. Agora um e depois outro, e depois até podem ser todos juntos. E não só dentro da casa do ' Se começarmos a pensar nas pessoas que conhecemos, encontramos rapidamente muitos e bons exemplos. A única coisa que sabemos sobre amor é que precisamos, que temos fome dele. Mas não sabemos o que é e por isso não o sabemos procurar, mas queremos agarrá-lo. Veja-se o exemplo da nossa querida Jaciara, que só ainda não se apaixonou pelo Zé Albino, porque dentro da casa do '
Amor também não é aquela coisa horrível que inventaram no passado, sobre uma rapariguinha que gosta de limpar a casa e que um dia encontram um rapaz muito trabalhador, casam e ficam juntos para sempre. Aliás, o certo sempre foi terem vidas separadas, ele na taberna com os companheiros de cerveja e ela em casa a coser meias. Que não se pense com isto que não acredito no amor. Sim, não só acredito como sei que existe.