
Está à vista de toda a gente a falta de amor adulto em Portugal. Ao mínimo sinal de um casalinho, entra tudo em loucura, e nem perguntam se aquelas duas pessoas se identificam uma com a outra. Confesso que fico entristecido com a falência amorosa de tanta gente. Sei que o amor é muito importante nas nossas vidas. Teses de doutoramento nas universidades portuguesas já mostraram que é fundamental para uma boa saúde mental. Mas não seria preferível cada um cuidar das suas próprias necessidades amorosas? Já é um clássico nos reality portugueses. E o padrão é sempre igual. Duas pessoas novas e giras, porque esses são os únicos, mas exigíveis dois critérios, entram na casa e nem precisam de olhar duas vezes um para o outro. O povo entra em delírio: temos casamento! Desta vez, o alvo são a Bruna e o Bernardo. E porquê? Porque são novos, giros e de géneros diferentes. Isso mesmo, contra o preconceito marchar, marchar, mas, na hora da loucura, fica tudo como antes. A nossa querida Marie ainda alerta na gala de domingo que o caráter também conta. Mas essa parte já ninguém escuta. A Bruna pregou uma beijoca no rapaz, o que só não foi assédio porque foi a mulher a beijar o homem. Ao contrário teria caído o Carmo e a Trindade, e as feministas voltariam a rasgar os sutiãs. O Bernardo fica confuso, e nem sabe se o melhor será sair da casa do