
Ninguém faz nada sozinho. Só o trabalho em equipa traz resultados. Só “todos a remar para o mesmo lado” produz os frutos pretendidos. Se isso não acontece, mais cedo ou mais tarde, há consequências. Quando Moniz regressou pela porta grande à TVI achou que seria possível estancar a queda. E foi. Não imediatamente, como é óbvio, mas foi. Com trabalho, boas ideias, puxando pelos trunfos certos.
Uma boa novela em horário nobre - ‘Cacau’ - com as caraterísticas necessárias - cor, gente bonita, paisagem de fazer sonhar - aliada a reality shows com um bom casting, e um acompanhamento diário em horário nobre, conduzido pelos próprios apresentadores, fez o ‘twist’. A TVI ultrapassou a SIC, posicionou-se na liderança. Mas isso não chegou. Porque a seguir veio o ‘laissez -aller’: uma novela menos eficaz, e a atual, ‘A Protegida’, a lembrar os piores tempos de ‘Prisioneira’, com uma luz cinzenta, um enredo fraco.
Afinal o que aconteceu na TVI? Ninguém viu o que se estava a passar? Que a manhã não aguentava o dia inteiro, que o horário nobre cai desde a estreia desta novela? Que ‘Batanetes’ e qualquer alteração para “resolver” já vêm tarde? Eu, no lugar de Moniz, começava seriamente a olhar à volta e perceber quem anda a tramar isto. O resto não é preciso dizer: Não se pode confiar, porque no final do dia a culpa cai sempre em cima do mesmo...