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Luísa Jeremias
Luísa Jeremias No meu Sofá

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As coisas são mais simples do que parecem

O resultado de All Together Now Kids foi o surgimento de um belo formato de TV, de longe mais apelativo e capaz de prender ao ecrã do que o programa clássico, no ar todos os domingos. Não ganhou a guerra das audiências, é certo. Mas marcou uma posição e, se a TVI "tiver juízo", não deixará escapar esta fórmula.
09 de abril de 2021 às 00:00
Apresentação de 'All Together Now', programa de Cristina Ferreira
Apresentação de 'All Together Now', programa de Cristina Ferreira Foto: Instagram

Na passada semana, num "extra" criado para alavancar a programação da TVI num serão de Páscoa, o programa All Together Now encontrou-se. Da forma mais simples possível, com crianças. Vejamos: o formato, na verdade, não é o de um comum concurso de talentos. É, antes, de um grande programa de entretenimento, onde a componente espetáculo é preponderante. Luzes, o tal júri de 100 pessoas – que chega a ser mais observado do que quem está sujeito a avaliação –, as brincadeiras, as cantorias de todos ao mesmo tempo... enfim.

All Together é mesmo um "todos juntos" em palco, para se divertirem e divertirem o espectador. Se este formato perde nitidamente para o modelo The Voice no que toca à importância que se dá ao talento e à forma como o mesmo é avaliado – quando falamos de "crescidos" – quando quem está em palco são crianças, tudo muda de figura. E porquê? Porque todo o ambiente de festa, de mimo para com elas, faz todo o sentido com os mais pequenos. Muito mais do que com os adultos. O resultado de All Together Now Kids foi o surgimento de um belo formato de TV, de longe mais apelativo e capaz de prender ao ecrã do que o programa clássico, no ar todos os domingos. Não ganhou a guerra das audiências, é certo. Mas marcou uma posição e, se a TVI "tiver juízo", não deixará escapar esta fórmula. Pelo contrário: é de repetir.

É que, muitas vezes, são as coisas mais simples que trazem melhores resultados. Que é o mesmo que dizer: não vale a pena complicar, sob pena de o excesso se tornar impercetível. Vejamos Cristina ComVida. A ideia é revolucionária no horário e excelente na teoria. Mas posta em prática não é nada simples. A "casa" é gigante, obriga a apresentadora a percorrer "quilómetros" (salvo seja) para receber os convidados que, em personagem ou a fazer de si próprios, entram e saem a uma velocidade estonteante. É tudo "tanto" que, às tantas, já não percebemos nada. E não há necessidade. Respirar faz falta. E na anterior casa, na SIC, no Programa da Cristina, havia tempo para tudo: brincar, falar, rir, cantar, escutar. Daí os bons resultados alcançados. Less is more: menos é mais, costuma dizer-se no mundo da moda para justificar algumas tendências. Não é por acaso. É que a simplicidade é percetível por todos.

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