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Luísa Jeremias
Luísa Jeremias No meu Sofá

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Não há fome que não dê em fartura! Os anos dourados da música popular portuguesa

Os músicos que há duas décadas faziam sucesso nas feiras e festas de verão deste "Cantinho à Beira Mar plantado", e que há dois anos o continuavam a fazer e a pôr o País a bailar e a trautear "aperta aperta com ela" e outros hits que tal, podem sorrir. A televisão é deles!
02 de abril de 2021 às 07:00
Filipa Nascimento, Toy, Amor Amor, SIC, novela
Filipa Nascimento, Toy, Amor Amor, SIC, novela

Os músicos que há duas décadas faziam sucesso nas feiras e festas de verão deste "Cantinho à Beira Mar plantado", e que há dois anos o continuavam a fazer e a pôr o País a bailar e a trautear "aperta aperta com ela" e outros hits que tal, podem sorrir. A televisão é deles! A pandemia pode ter-lhes roubado as receitas dos contratos para as ditas romarias, mas deu-lhes o palco que eles nunca imaginaram ter.

Se houver dúvidas basta olhar para os programas de televisão hoje e ver como a música popular portuguesa (não gosto de lhe chamar pimba porque esse é um nome pejorativo) tomou conta de tudo, não deixando margem, sequer, para intérpretes pop ou rock surgirem. Não, não estou a falar só do Somos Portugal ou do Domingão da SIC, recheados de bailarico e de dançarinas no palco a acompanhar figuras que, muitas vezes, nunca ouvimos falar, mas lá vão cantando aqueles êxitos made in feira.

Estou a falar de tudo: desde o Em Família aos programas da manhã dos generalistas. É um vendaval de que só encontra exceção nas brasileiradas à la Iran Costa – que, na verdade, seguem a mesma linha. Se assim acontece é porque o público gosta e quem manda são as audiências – dir-me-ão os defensores deste facilitismo. Pois eu acho que não, que não pode ser assim tão simples. Senão não havia cultura, nem se discutia coisa nenhuma. Tudo era um imenso "dá-se ao povo o que o povo gosta". E isso não é evoluir: é estagnar.

É claro que fico muito feliz por os artistas trabalharem e aparecerem em tempos tão complicados, economicamente falando, para eles. Há que dizer que bem podem agradecer ao Toy ter "chorado" não haver trabalho e com isso aberto portas para os companheiros. Mas... e o resto? Onde andam o Diogo Piçarra, os D.A.M.A, o Richie Campbell, o José Cid, a Carminho, o Paulo Gonzo, a Carolina Deslandes, o Mickael Carreira, a Alexandra, a Gisela João... e tantos, e tantos, e tantos outros? Ah ok: viraram apresentadores de programas ou júri de concursos na televisão. E os outros? Os que também não têm trabalho? Pois... Depender de gostos de quem programa é uma chatice.

Se houver dúvidas basta olhar para os programas de televisão hoje e ver como a música popular portuguesa (não gosto de lhe chamar pimba porque esse é um nome pejorativo) tomou conta de tudo, não deixando margem, sequer, para intérpretes pop ou rock surgirem. Não, não estou a falar só do Somos Portugal ou do Domingão da SIC, recheados de bailarico e de dançarinas no palco a acompanhar figuras que, muitas vezes, nunca ouvimos falar, mas lá vão cantando aqueles êxitos made in feira.

Estou a falar de tudo: desde o Em Família aos programas da manhã dos generalistas. É um vendaval de que só encontra exceção nas brasileiradas à la Iran Costa – que, na verdade, seguem a mesma linha. Se assim acontece é porque o público gosta e quem manda são as audiências – dir-me-ão os defensores deste facilitismo. Pois eu acho que não, que não pode ser assim tão simples. Senão não havia cultura, nem se discutia coisa nenhuma. Tudo era um imenso "dá-se ao povo o que o povo gosta". E isso não é evoluir: é estagnar.

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