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Marco Paulo: Boas notícias da ficção

Assistir a 'Marco Paulo - A Minha História', em versão episódios seguidos, a ocuparem uma noite inteira de emissão, levanta-nos várias questões inevitáveis de colocar perante um mercado audiovisual em mudança.
06 de janeiro de 2023 às 12:20
Marco Paulo, minissérie
Marco Paulo, minissérie Foto: SIC

Está ainda por decifrar se a SIC perdeu para a TVI com a minissérie 'Marco Paulo - A Minha História', emitida na íntegra na primeira noite do ano, a mesmo em que a concorrente direta exibia 'A Ex-periência', o seu novo 'reality' que junta ex-casais. Mais décima, menos décima, pouco importa quem ficou em primeiro ou em segundo – já que os programas são tão divididos que, feitas as contas, tudo se reduz a um empate técnico.

O que importa é que, com esta série, e ao decidir emiti-la no canal generalista e não no 'streaming' Opto, a SIC marca pontos e mostra que está no caminho certo da ficção, ao produzir um produto de qualidade – entenda-se, bem realizado e, sobretudo, interpretado. Fernando Luís, no papel de um Marco Paulo maduro, dá um "banho de interpretação" – como dizem os nossos "irmãos" brasileiros –, incorporando a forma de estar, de falar, os pequenos tiques, atribuindo-lhes uma classe e grandiosidade a algo que poderia cair no cliché. Diogo Martins, o artista enquanto jovem, também brilha – embora em nada se compare a Fernando Luís, no registo perfeito. Destaque ainda para António Pedro Cerdeira, um "compadre Toni" perfeito.

Assistir a 'Marco Paulo - A Minha História', em versão episódios seguidos, a ocuparem uma noite inteira de emissão, levanta-nos várias questões inevitáveis de colocar perante um mercado audiovisual em mudança. A primeira: a eficácia da televisão seguir o modelo 'streaming', onde uma série pode ser assistida (caso o operador tenha os episódios disponíveis) de uma só vez, ao estilo maratona. A segunda, complementar, a questão dos custos. Produzir com qualidade é caro e "torrar" tudo numa noite não compensa. Tal como não compensa colocar o produto na Opto para ser revisto a gosto.

É que, embora não haja números oficiais disponíveis de subscritores da plataforma 'streaming' da SIC, é óbvio que estes não se comparam aos gigantes Netflix ou Disney, Então, a questão final: como resolver este problema, que é ter um produto de qualidade que se torna cabo, em sinal aberto. A resposta pode estar em apoios e na área comercial. Mas essa é uma discussão que teremos um destes dias. 

Assistir a 'Marco Paulo - A Minha História', em versão episódios seguidos, a ocuparem uma noite inteira de emissão, levanta-nos várias questões inevitáveis de colocar perante um mercado audiovisual em mudança. A primeira: a eficácia da televisão seguir o modelo 'streaming', onde uma série pode ser assistida (caso o operador tenha os episódios disponíveis) de uma só vez, ao estilo maratona. A segunda, complementar, a questão dos custos. Produzir com qualidade é caro e "torrar" tudo numa noite não compensa. Tal como não compensa colocar o produto na Opto para ser revisto a gosto.

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