
Talvez o cansaço me leve a falar de amor, esta semana. O que é a vida sem amor? O que era o ‘The Voice Kids’, que regressou à RTP1, sem amor? Amor é ver crianças a tocar piano, acordeão, a apertar-nos o coração com Sérgio Godinho. Amor é ver a Benedita a correr atrás de um sonho e com uma vontade incrível de triunfar, mesmo estando numa cadeira de rodas, após um acidente de viação com os avós.
Amor é ver Cuca Roseta com as lágrimas nos olhos. Amor é ver a fadista subir ao palco e protagonizar um momento único com o colega Nininho Vaz Maia, os dois de olhos fechados, a arrepiarem quem está em casa (meio milhão de espectadores), quem está na plateia e os outros jurados, Carlão e Bárbara Tinoco. Amor é ver Catarina Furtado realizada, ao leme deste concurso da estação pública. Mas há mais...
Amor é ver Cândido Costa a brilhar no ecrã, tal é a genuinidade que deixa nas coisas que faz. Não, não é em ‘Taskmaster’, da RTP1, que me enche as medidas – mesmo que as gargalhadas da minha Leonor lá em casa provem que Markl, Palmeirim, Toy e o ex-futebolista estão, mais uma vez, a fazer um excelente trabalho. É em ‘Cândido On Tour’, no Canal 11.
No fim de semana, vi o episódio de Jerumelo, uma aldeia de Mafra. "Aqui ninguém se rende... para que o futebol não morra. Nem que tenham apenas, e só, para oferecer amor e carinho", elogia o rosto da TV da FPF. Lá está: o amor. O que seria de nós, hoje, sem o amor dos Capitães de Abril – e do nosso povo – há 50 anos?