
Celebra-se esta segunda-feira o Dia Mundial da Poesia, mas, em Portugal, esta arte está mais pobre após o falecimento de Gastão Cruz, aos 80 anos de idade. O poeta, ensaísta e crítico literário natural de Faro morreu no passado domingo, no Hospital Egas Moniz, em Lisboa, onde estava internado, segundo notícia da Lusa.
Condecorado em 2019 com o grau de Grande-Oficial da Ordem do Infante D. Henrique, foi por duas ocasiões reconhecido com o Grande Prémio de Poesia, atribuído pela Agência Portuguesa de Escritores. Pela primeira vez em 2002, com 'Rua de Portugal', e, posteriormente, em 2019, com 'Existência', naquela que viria a ser a derradeira obra de uma carreira que teve início em 1958, com as suas contribuições para os 'Cadernos do Meio-Dia.'
Participou ainda no projeto 'Poesia 61', com Casimiro de Brito, Fiama Hasse Pais Brandão, Luiza Neto Jorge e Maria Teresa Horta, que viria a ser marcante na poesia portuguesa.
O Governo já lançou um comunicado para lamentar o falecimento de Gastão Cruz: "A ministra da Cultura, Graça Fonseca, lamenta profundamente a morte do poeta, tradutor, crítico literário e encenador Gastão Cruz (1941-2022), figura indiscutível da poesia portuguesa contemporânea e um dos seus grandes renovadores, tanto enquanto autor, como enquanto crítico literário", pode ler-se.