
Juan Carlos, rei emérito de Espanha, tem sido uma dor de cabeça para o seu filho, o rei Felipe VI. O monarca considera que o seu progenitor tem tido culpa no cartório em situações que beliscaram a reputação da monarquia espanhola e, por isso, terá delineado uma série de regras para evitar novos problemas.
Tratam-se de três ordens que o rei emérito deverá seguir à risca e que foram apresentadas numa chamada telefónica, de acordo com o ‘Monarquía Confidencial’. A primeira é não regressar a Espanha em período pré-eleitoral, algo que já gorou uma das suas ambições: estar presente nas regatas da Galiza, que têm início a 7 de julho.
Felipe VI considera que esta data encontra-se em exagerada proximidade com as eleições gerais de Espanha, agendadas para o dia 23 do mesmo mês, e que a ida de Juan Carlos iria fortalecer os desideratos dos partidos políticos mais adversos à continuidade da monarquia, como o Podemos ou a Esquerda Republicana da Catalunha (ERC).
Em segundo lugar, escreve a publicação, encontra-se a proibição de Juan Carlos fazer declarações em público, e, por fim, que o rei emérito não deixe os seus amigos do clube de regatas revelar à comunicação social detalhes sobre alojamentos ou o seu itinerário.
Numa altura delicada para a monarquia espanhola, o marido da rainha Letizia promete então não poupar a esforços para garantir que tudo corra de feição, mesmo em assuntos que envolvem o próprio pai, que se tem apresentado de saúde debilitada em deslocações recentes para fora da sua "gaiola de ouro" nos Emirados Árabes Unidos, evitando novos contratempos para a Coroa.