Depois de anos a discursar e a falar de improviso perante pequenas e grandes multidões, durante a vacinação e nos três anos seguintes, Gouveia e Melo lança a candidatura a Belém com dois eventos onde leu os textos em dois telepontos.
Passaram-se dez anos desde que o ex-primeiro ministro foi detido quando se preparava para entrar no avião, no Aeroporto de Lisboa. O tempo passou, mas pouco se alterou e o caso Marquês ainda nem sequer tem data para julgamento. Enquanto isso, Sócrates, dispensado das apresentações na esquadra, vive entre a pacatez da Ericeira e o luxo da vida em São Paulo, ao lado dos novos amigos da elite brasileira.
Tribunal quer obrigar antigo primeiro-ministro a justificar idas frequentes a São Paulo, cidade que o político começou a frequentar em 2022, movendo-se entre um círculo muito restrito, e de elite, ao qual muito poucos têm acesso. Toda uma nova vida social no Brasil que surge depois dos dias em que mal saía de casa na Ericeira.
Ontem acabou oficialmente um ciclo político para António Costa. Sai do Governo acossado e sob suspeita. E o que vai fazer agora o homem que há 48 anos respira e transpira política por todos os poros? Vai-se reformar e namorar com a sua mulher, Fernanda? Vai deixar passar a poeira das acusações e das suspeitas e rumar a Bruxelas, assim os socialistas tenham como o eleger Comissário Europeu? Ou vai vingar-se de Marcelo e suceder-lhe em Belém? Quieto é que não vai ficar. Ninguém segura o velho "puto que colava cartazes do PREC".