Há quadros com fartura, mas nas contas só estavam 50 euros! O estranho desaparecimento da fortuna de Pinto da Costa que o filho quer ver explicado
No testamento de Pinto da Costa, houve dezenas de obras de arte para distribuir pelos herdeiros, mas em relação a dinheiro falamos de um enorme saco vazio. As contas terão sido esvaziadas ao longo do último ano, mas o filho Alexandre está decidido a lutar por aquilo a que afirma ter direito e promete seguir o rasto aos milhões do pai.Em dezembro do ano passado, e já com a consciência de que lhe restava muito pouco tempo de vida, Pinto da Costa redigiu o seu último testamento. O documento, esta semana revelado pela revista 'Sábado', revelou, no entanto, a existência de um enorme vazio, que agora o filho mais velho quer entender. Isto porque no testamento não se falava de dinheiro por dividir e como património, apenas constava um T1.
Portanto, tudo o que restou para dividir foram, sobretudo, obras de arte – essas há com fartura. A Cláudia Campo, a última mulher, Pinto da Costa destinou algumas obras valiosas, como uma natureza morta, do conhecido retratista Henrique Medina, entre outras, enquanto aos filhos também couberam várias obras de arte, inclusivamente os seus retratos pintados. Já o neto, Nuno, acabaria por herdar um móvel antigo, onde constavam todas as condecorações recebidas enquanto presidente do FC Porto.
E se provavelmente, chegados a esta altura do testamento, os herdeiros pensariam que agora é que ia chegar a parte mais interessante, nada mais havia. Fim da história, apenas uma mensagem que, face ao enorme cofre em branco deixado, quase parecia mais uma das ironias de Pinto da Costa. "Que aqueles que o amam possam viver em harmonia, respeitando-se e apoiando-se mutuamente, como sempre procurou que acontecesse", foi o seu derradeiro pedido. Porém, difícil de cumprir, pelo menos para o filho mais velho, que terminadas as missas de homenagem ao pai, se reuniu com os advogados para mover um processo judicial contra a viúva de Pinto da Costa, a quem exige 3,6 milhões de euros, e acusa de desviar património.
Isto porque, tal como a FLASH! já havia noticiado, e agora o CM reitera, na sua edição desta sexta-feira, 4 de abril, as contas de Pinto da Costa foram alvo de uma autêntica limpeza. A questão que Alexandre Pinto da Costa quer entender é o que é feito do dinheiro do pai, porque a grande questão é que a fortuna ainda era considerável e dificilmente poderia ter desaparecido toda da noite para o dia, principalmente porque estamos a falar de rendimentos declarados por ano entre os 800 mil e 1 milhão de euros.
De acordo com o 'Correio da Manhã', que teve acesso à informação através de uma fonte judicial, uma das contas de Pinto da Costa tinha 800 mil euros no verão passado e agora só resta 50 euros. Mas não é caso único, com a publicação a adiantar que o mesmo aconteceu com uma série de outras contas, que estão agora a zeros.
O processo judicial movido por Alexandre pretende seguir o rasto a esse dinheiro e também ao das ações do FC Porto vendidas por mais de 300 mil euros antes da morte de Pinto da Costa. No fundo, há uma série de assuntos que o empresário quer ver esclarecido, o que se prende também com património imobiliário, nomeadamente verificar em que moldes foi feita a transação da venda do T3 nas Antas, onde o portista morava, à mulher, Cláudia Campo.
No meio da polémica, a FLASH! sabe que a bancária já se está a preparar para uma batalha judicial sem precedentes. No entanto, aos mais próximos já assegurou estar tranquila. "Ela diz que tudo o que fez foi por vontade de Pinto da Costa, que ele sabia muito bem o que fazia, estava perfeitamente lúcido e não foi coagido a nada", explica uma fonte.