O mistério em torno da filha secreta de Felipe VI! A verdade sobre o escândalo contado à boca pequena em toda a Espanha
Para além de Sofia e de Leonor – nascidas do casamento do rei com Letizia Ortiz – falou-se que o monarca espanhol seria pai de uma outra menina. Uma filha ilegítima de seu nome Mencia e que seria a cara de Felipe. Fruto de um grande amor. O amor que o então príncipe das Astúrias viveu ao lado da mulher que os pais, Juan Carlos I e Sofia, recusaram receber na Zarzuela. A mulher que, embora fosse aristocrata e solteira, foi escorraçada pelos Bourbon.Alguma vez ouviu dizer que o rei Felipe VI de Espanha é pai de uma filha ilegítima? Caso ainda não tenha ouvido, saiba que esse foi um rumor que correu durante muitos anos por todo o país vizinho. É certo que também se diz o mesmo sobre Juan Carlos, o pai do atual monarca espanhol, mas isso até não é de estranhar dado a vida um tanto libertina que o rei emérito levou ao longo de todo o seu reinado. Nem sequer ser um homem casado o impediu de viver inúmeros romances com um ainda não determinado número de mulheres. Contudo, Felipe VI não é o pai. Nesse aspeto não são mesmo nada parecidos. Não terá a faceta de ‘don juan’ do progenitor. Não é fanfarrão, uma característica que Juan Carlos terá. Além do mais, o homem que está atualmente sentado no trono espanhol dá a imagem de alguém muito dedicado à família. Apesar de todas as suas imensas responsabilidades reais, a maior e principal prioridade de Felipe é a mulher, a rainha Letizia, e, sobretudo, as duas filhas, a princesa Leonor e a infanta Sofia.
Por tudo isto, o rumor de que teria uma filha secreta – mais velha do que as legítimas - não deixou de provocar um imenso espanto em quem ouviu o rumor pela primeira vez. A jornalista e especialista em assuntos da realeza falou abertamente desse rumor no seu canal de Youtube: ‘Al Aire de Pilar Eyre’. Mas para explicar a razão deste boato – que manchou a dignidade de Felipe – a jornalista recuou ao tempo em que o então príncipe das Astúrias namorou com Isabel Sartorius. Um amor que só não acabou em casamento por causa de Juan Carlos I e Sofia que não quiseram a jovem aristocrata para nora. Consideraram que ela não era suficientemente boa para um dia se tornar rainha consorte de Espanha. Pilar Eyre recorda: "Ocupou muitas capas de revistas [o príncipe enquanto um dos solteiros mais cobiçados da europa], mas hoje, não sei porquê, não nos lembramos dos anos turbulentos em que a figura de Felipe fazia honra à sua genética borbónica.”
Lembra, então, o namoro com Isabel Sartorius no verão de 1989: “Ela possuía as qualidades necessárias para ser noiva de príncipe porque o seu pai era marquês e a sua mãe uma milionária argentina. Queria ser diplomata, falava cinco idiomas e relacionava-se com a alta sociedade. Era a primeira namorada formal de Felipe” contou a jornalista e uma das pessoas que melhor conhece todos os meandros do Palácio da Zarzuela e dos que lá moram. A sua memória é tão boa que Eyre ainda se lembra que Felipe visitava todos os domingos a quinta de Vicente Sartorius y Cabeza de Vaca, IV marquês de Mariño [pai de Isabel] para assistir à missa que era celebrada na capela particular da família.
“Enquanto a ele [Felipe] começaram a chamar o genro do senhor marquês, a ela [Isabel] começaram a fazer-lhe reverências, teve escolta, as mesmas que tinham as infantas [Elena e Cristina]. Houve uma altura que a namorada de Felipe foi escoltada por 17 viaturas. A sua casa estava sempre rodeada de jornalistas”, é desta forma que Pilar Eyre continuou a desfiar o novelo das recordações. E continuou: “Pouco a pouco foram-se introduzindo [no namoro] elementos desagradáveis como o pai ser marquês, mas ter sido um ‘playboy’, que estava arruinado e não tinha um tostão e que tinha dado cabo da fortuna.”
Mas mais do que o pai, foi a mãe de Isabel Sartorius que, ao que parece, mais prejudicou o namoro da filha com o príncipe. À época dizia-se que a milionária argentina era “instável” e que tinha problemas mentais. Mas pior foi quando vieram a público vários detalhes sobre a vida da Isabel que serviram para a desacreditar: “Começaram a dizer que os cursos não eram verdade. Que a sua passagem pelo ‘Washington Post’ se deveu a um simples estágio e que, afinal, só falava 3 idiomas. Foram lançados rumores para a desacreditar”, explicou Eyre no seu canal de Youtube.
Isabel Sartorius não teria dúvidas que tudo isso não passava de uma campanha orquestrada contra si pelo rei Juan Carlos I. Ele não gostava de si e não queria, de todo, que o filho se casasse com ela. Perante todo o diz que disse e a sofrer uma suposta campanha difamatória, a jovem aristocrata não teve outra solução: encostar Felipe à parede e fazer-lhe um ultimato dizendo-lhe que ele tinha de assumir publicamente o namoro. “Felipe foi arrastando a situação e Isabel quis terminar tudo com ele, mas acreditando que ele voltaria. Mas ele não voltou. Estiveram três meses separados e foi ela que teve que o chamar. Voltaram a envolver-se porque estavam apaixonados. Contaram-me que ele lhe enviava uma cesta de flores todas as manhãs. Estava louco por ela, mas não queria convertê-la em princesa das Astúrias”, avançou a autora de diversos livros sobre a família real de Espanha.
Por se aperceber das resistências do namorado, Isabel foi-se tornando cada vez mais exigente e a relação passou por momentos muito tensos. A jovem sofria com a falta de coragem de Felipe para assumir a relação: "Em 1991 a agência EFE revela que o romance tinha chegado ao fim e que cada um seguira o seu caminho em separado. Isto acabou por surpreender pois nunca tinha existido um comunicado oficial de que eram namorados. Mas a relação continuou de forma clandestina e foram apanhados em certas atitudes", contou Eyre.
"Houve várias idas e vindas, e no final, foram tiradas algumas fotos dos dois que foram capa de várias revistas, onde discutiam em Morata de Tajuña. Ela chorava e dizia que ele a ignorava, que tinha arruinado a vida dela, que ela era a namorada abandonada, que os sonhos dela tinham desmoronado por causa dele. Começaram a gritar um com o outro, ele defendeu-se e o restaurante inteiro ouviu a conversa. Ela fugiu, ele seguiu-a, consolou-a, mas ela continuava a dizer: 'Deixa-me, deixa-me, deixa-me'. E não houve mais fotografias em que estivessem juntos, mas um ano depois, Nora de Liechtenstein [madrasta de Isabel] ligou para Doña Sofia e disse: 'Isabel está grávida e temos um problema'", recuperou a jornalista neste episódio em que fala de um amor do passado de Felipe.
Pilar Eyre diz que a rainha Sofia não hesitou na resposta que deu à sua amiga de longa data dizendo-lhe que a gravidez de Isabel não era um problema seu, pois a jovem tinha um namorado, Namorado esse que já não era Felipe. "Foi dito que a filha de Isabel, Mencia, era de Javier Soto. Anos depois, o casal anunciou a intenção de se casar. Só que duas semanas antes da celebração, eles cancelaram o casamento. Javier Soto acabou por se casar com outra rapariga. Os dois continuam juntos e felizes. Já Isabel acabou por criar a sua filha como mãe solteira. Naquela época, circulavam boatos de que a criança era loira e que se parecia muito com o príncipe, que eram mesmo muito parecidos. Circulou a lenda de que ela era filha do príncipe. Muitas pessoas ainda me perguntam isso quando me encontram na rua. Essa história caiu por terra quando se viu pela primeira vez a cara de Mencia. Vimos como ela era, porque ela é a cara do Javier Soto. Ela não se parecia em nada com Felipe, e isso encerrou a história de que ela era a sua filha secreta", explicou Pilar Eyre.