O 'reality show' da família real espanhola. Victoria Federica confessa-se na televisão e a Zarzuela estremece com o apoio popular à jovem
Mais de seis milhões de espetadores presos ao televisor para ouvir o que a mais rebelde dos Borbón tem para dizer. A filha da infanta Elena e de Jaime de Marichalar virou uma estrela da noite para o dia, algo que não agrada mesmo nada à Família Real, pois a jovem é tudo menos discreta.
"Iniciamos a semana no topo! Ontem à noite fomos o programa mais visto e o ‘Minuto de Oro’ com 6.163.000 espectadores e 23% de cota. Obrigado a Victoria de Marichalar e a todos os que assistiram", foi assim que a Antena 3 celebrou a vitória do talk show ‘El Hormiguero’ sobre a concorrência na noite da passada segunda-feira, 9 de setembro. A filha da infanta Elena e Jaime de Marichalar deu a sua primeira entrevista televisiva e aos 24 anos de idade a jovem tornou-se uma estrela da noite para o dia. O verdadeiro pesadelo do Palácio da Zarzuela começa agora, pois o que a Casa Real menos quer é ver a sobrinha do rei Felipe VI e da rainha Letizia tornar-se uma estrela mediática. Os Borbón já não conviviam bem com a ideia de Vic – assim é carinhosamente tratada por familiares e amigos mais próximos - ser uma ‘influencer’, muito menos aceitam este estrelato repentino.
A Espanha rendeu-se à simpatia e naturalidade da jovem. É telegénica e herdou do avô, o rei emérito Juan Carlos, o à-vontade e a afabilidade. Desculparam-lhe os tiques constantes em mexer no cabelo e o nervosismo que, apesar da aparente descontração, não conseguiu esconder. Mas o que mais agradou foi, sobretudo, a sua falta de manias e ser tão pouco pretensiosa. "Assisti por curiosidade e surpreendeu-me. Tem a mesma idade do meu filho e gostei da sua naturalidade e frescura", "Pareceu-me incrivelmente simpática, muito bonita e, sobretudo, muito natural, sem filtros", "Também gostei muito. Simpática, natural e muito carinhosa" e "É uma rapariga estupenda, natural, educadíssima e preparada", são apenas alguns dos elogios deixados pelos internautas nas redes sociais.
TELEGÉNICA E SIMPÁTICA
Só que esta noite não se fez apenas de empatia, telegenia e sorrisos. Victoria Federica aproveitou a sua ida ao ‘El Hormiguero’ da Antena 3 – cujo objetivo principal era falar da sua participação no programa ‘El Desafío’, um formato que coloca famosos em situações de risco, e que estreia em janeiro – para se dar a conhecer. E os espanhóis gostaram de a conhecer fora das redes sociais e dos artigos de revista. Os comentadores dos vários programas ‘del corazón’ são unânimes em dizer que a filha da infanta Elena tem o tão falado "fator X", aquele que só as grandes estrelas têm.
A ao dar-se a conhecer, Victoria Federica acabou por fazer algumas revelações como aquela que já se tornou viral: não suporta ter crostas de feridas no seu corpo. Arranca todas, garante. E, por isso, tem as pernas cheias de cicatrizes. Confidenciou também que prega algumas partidas. Uma dessas partidas é pôr pequenos petardos nos cigarros dos amigos. Não foram precisos os vídeos que acabou por mostrar para imaginar o resultado desses petardos a rebentarem.
"ANDEI COM GUARDA-COSTAS DESDE QUE NASCI"
Foi questionada o que faria se fosse uma simples anónima. Se saísse sem ser reconhecida. A sobrinha do rei não se fez rogada: "Daria um bom passeio por Madrid, sozinha. Seria a primeira coisa que faria", assumiu. Passear na cidade onde nasceu, cresceu e vive… sem seguranças atrás de si. "Andei com guarda-costas desde que nasci até aos 18 anos, dois agentes da Polícia Nacional. Aceitei bem, mas por volta dos 16, 17 anos, na adolescência, um pouco aborrecida. Mas gostava muito deles e continuo a ter uma relação com muitos deles. Se os encontro noutros serviços abraço-os, ainda que eles me digam ‘larga-me, larga-me que estou a trabalhar. Tenho saudades", contou sem filtros.
Acusada de não trabalhar, a neta dos reis eméritos também não teve qualquer problema em assumir que nunca teve uma ideia muito precisa sobre o que queria ser quando crescesse. Não tinha qualquer vocação muito vincada: "Todos os dias queria ser uma coisa diferente: médica, professora, enfermeira… o que fosse. Nunca tive uma certeza. Mas sentia-me mais atraída por ser professora, que era a profissão da minha mãe."
REBELDIA NO COLÉGIO
E foi uma boa aluna, quis saber o apresentador, Pablo Motos. Victoria de Marichalar voltou a ser sincera: "Bem… não era a melhor, mas também não era a pior", reconheceu ao mesmo tempo que acabou por revelar que chegou a suspender a disciplina de matemática: "Suspendi até que uma professora conseguiu explicar-me. Graças a ela acabei por não odiar tanto a disciplina."
Outra das confissões da neta preferida de Juan Carlos – pelo que se diz – diante das câmaras teve a ver com a sua passagem pelo colégio em regime de internato em Inglaterra. Não escondeu que foi uma aluna rebelde. Nunca teve tantas punições pelo seu comportamento como nessa altura: "Não me dava bem com a diretora da casa onde viviam as internas e pregava-lhe algumas partidas. Ela fechava o cão no escritório e quando não via, eu abria a porta ao cão para ele sair." A sua inocência e franqueza arrebataram os espetadores. Perceberam que afinal a jovem é igual a todas as outras da sua idade. A única diferença é o apelido: Borbón.