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Presa à coroa. O ingrato e secundário papel da infanta Sofia... até Leonor ter o primeiro filho

A filha mais nova de Letizia e Felipe já se habituou a estar sempre na sombra da irmã, a princesa das Astúrias, que um dia será rainha de Espanha. Há 17 anos que percebe que vive uma situação de desigualdade. Até perante os pais que estão muito mais atentos aos interesses e necessidades da primogénita. Não é fácil ser “a segunda” ou a “suplente” como diz o príncipe Harry que também vive o mesmo drama.
Por Ana Cristina Esteveira | 18 de abril de 2024 às 23:47
família real espanhola, Letizia, princesa Leonor, infanta Sofia Foto: Instagram
Letizia, Sofia e a infanta Foto: Cofina Media
Letizia, Leonor, Sofia e a infanta Foto: Cofina Media
Letizia, infanta Sofia Flash
Infanta Sofia, Princesa Leonor Foto: Casa real espanhola
Infanta Sofia, Letizia Foto: Cofina Media
Crisma da infanta Sofia, Leonor Foto: Cofina Media
Crisma da infanta Sofia, Leonor, Letizia Foto: Cofina Media
Rei Felipe VI, Infanta Sofia Flash
Rei Felipe VI, Infanta Sofia Flash
Rei Felipe, Letizia, princesa Leonor, infanta Sofia Flash
Infanta Sofia de Espanha Flash
Infanta Sofia de Espanha Flash
Infanta Sofia de Espanha Flash
Infanta Sofia de Espanha Flash
Infanta Sofia de Espanha Flash
Infanta Sofia de Espanha Flash
Infanta Sofia de Espanha Flash
Infanta Sofia de Espanha Flash
Infanta Sofia de Espanha Flash

Sofia, infanta de Espanha, prepara-se para presidir pela primeira vez a um ato oficial. Sozinha. Sem os pais ou a irmã por perto. O anúncio foi feito ontem, quinta-feira, 18, pouco antes da jovem fazer 17 anos de idade, que completará no próximo dia 29. Vai ser madrinha de um novo concurso de fotografia: ‘Objetivo Património – Concurso de Fotografia Infanta Sofia’. Não é nada de muito significativo, mas marca o primeiro passo – por muito pequeno que seja – do papel que a jovem possa vir a desempenhar no futuro na coroa espanhola. De quem falamos?

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Sofia é a filha mais nova de Letizia e Felipe VI. Alta, de cabelo claro e olhos castanhos, a infanta é muito mais "dada" do que a irmã, que em público se mostra sempre mais reservada e tímida. Talvez o facto de não ter sobre os seus ombros o peso de um dia vir a ser rainha permite-lhe ser mais espontânea e segura de si. Ou, também se pode dar o caso, disso nada tenha a ver com o peso da responsabilidade. Sofia pode, naturalmente, ser empática e acessível. O povo gosta disso e gosta da jovem infanta. Dela também se diz que é muito mais próxima dos Bórbon – a família paterna – do que a herdeira do trono. Leonor estará muito mais dependente da mãe e não tem a coragem da irmã mais nova e dar a sua opinião e em afrontar a autoridade materna que, supostamente, é muito castradora. Resumindo, Sofia tem uma personalidade livre.

APAGA-SE PARA DEIXAR BRILHAR A IRMÃ

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Ainda assim tolda-se-lhe o olhar por não lhe ser permitido sair da sombra de Leonor. Nascer um ano e meio depois da irmã empurrou-a para um papel secundário. Tão secundário que não a deixam "desabrochar" como qualquer outra jovem da sua idade. Por ser alta - mais alta do que a irmã e a própria mãe - tem de usar constantemente sabrinas e a sua roupa é muito infatilizada. Só para não apagar o brilho de Leonor. Há quase 17 anos que vive essa condição. Agrada-lhe? Não, não agrada, mas não tem como mudar a situação. Nasceu naquela família, portanto, não há como alterar esse destino. Sofia já se conformou, mas espera ansiosamente pelo tempo em que se poderá "libertar" desta "gaiola dourada", chamemos-lhe assim. Uma gaiola que não é tanto sua. É muito mais da irmã.

rei felipe vi, rainha letizia, infanta Sofia, Jan Foto: Instagram
rei felipe vi, rainha letizia, infanta Sofia, Jan Foto: Casa de Su Majestad El Rey
rei felipe vi, rainha letizia, infanta Sofia, Jan Foto: Casa de Su Majestad El Rey
rei felipe vi, rainha letizia, infanta Sofia, Jan Foto: Casa de Su Majestad El Rey
rei felipe vi, rainha letizia, infanta Sofia, Jan Foto: Casa de Su Majestad El Rey

Mas a questão que se coloca é saber qual será o papel que a infanta terá no futuro na coroa? É provável que lhe esteja reservado um protagonismo igual ao que as suas tias, as infantas Elena e Cristina, tiveram enquanto os seus pais, Juan Carlos e Sofia, foram os reis de Espanha e que se extinguiu quando o irmão, Felipe, foi coroado. Contudo, há uma especialista na matéria que tem uma opinião muito clara sobre este assunto. Trata-se de Carmen Remírez de Ganuza, jornalista e autora do livro 'Leonor, o Futuro Condicionado da Monarquia'.

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"Presa à Casa Real"

"Até que a princesa Leonor não dê à luz um futuro herdeiro à coroa, a atual ‘número dois’ na linha de sucessão estará presa à Casa Real. Isso significa, em minha opinião, que vai cumprir uma agenda oficial, deverá ser formada como uma possível chefe de Estado e, em caso algum, poderá trabalhar. Só em caso de a sucessão estar assegurada, a infanta terá a liberdade de optar por uma vida independente. Ainda assim, o facto de pertencer à família real condicionará o tipo de trabalho ou a escolha de um possível marido, pelo menos, no que diz respeito à sua subsistência económica", diz a referida especialista à ‘Vanitatis’, do jornal ‘El Confidencial’.

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Felipe VI e Letizia no Dia da Hispanidade Foto: Cofina Media
Felipe VI e Letizia no Dia da Hispanidade Foto: Cofina Media
Felipe VI e Letizia no Dia da Hispanidade Foto: Cofina Media
Felipe VI e Letizia no Dia da Hispanidade Foto: Cofina Media
Felipe VI e Letizia no Dia da Hispanidade Foto: Cofina Media
Felipe VI e Letizia no Dia da Hispanidade Foto: Twitter

Carmen Gallardo, por sua vez, também ela jornalista e autora do livro 'Sofia, a Última Rainha' também se pronunciou à mesma publicação sobre o futuro que a infanta deveria assumir no futuro: "Em minha opinião, a infanta Sofia deveria ocupar um papel institucional como alteza real e segunda na ordem de sucessão. Há que ter em conta que, ainda que a regência do Estado recaia sobre a figura do monarca, instituição é a família real. Uma família real muito reduzida e formada, neste momento, por seis pessoas (em realidade, só cinco desde que se reformou e depois de exilou o rei Juan Carlos). E, ainda que todas as monarquias europeias e democráticas tendem a reduzir os seus membros, a situação da espanhola surpreenderia se não incluísse nas atividades da coroa a infanta Sofia."

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VIVER NA SOMBRA DA IRMÃ

Como se percebe, tudo isto não passam de opiniões e considerações. Não há, até agora, uma posição oficial do Palácio da Zarzuela quanto ao futuro de Sofia. Até ao momento, a infanta está a seguir todos os passos académicos da irmã. Encontra-se no País de Gales a frequentar o mesmo colégio por onde passou Leonor, o UWC Atlantic College. Só não se sabe se terá formação militar ou se ingressará diretamente na universidade, pois ao contrário da herdeira do trono, Sofia não tem de um caminho traçado por outros desde o nascimento. Ela, dentro de umas certas barreiras, tem o seu destino académico nas suas mãos. Além disso, e ao contrário do que acontecia no passado, os outros filhos dos reis – que não os herdeiros – já trabalham e podem escolher as suas carreiras profissionais.

Princesa Leonor, infanta Sofia Foto: Getty Images
Princesa Leonor, infanta Sofia, prémios princesa de Girona Foto: Getty Images
Princesa Leonor, prémios princesa de Girona Foto: Getty Images
Família real espanhola, princesa Leonor, infanta Sofia, prémios princesa de Girona Foto: Getty Images
Princesa Leonor, infanta Sofia Foto: Getty Images
Princesa Leonor, infanta Sofia, rei Felipe VI, rainha Letizia, prémios Princesa de Girona Foto: Getty Images
Princesa Leonor, infanta Sofia, prémios princesa de Girona, rei Felipe vi, rainha letizia Foto: Getty Images

A possibilidade de poder escolher a sua carreira profissional é um dos pontos a favor dos ‘suplentes’ conforme denominou o príncipe Harry de Inglaterra, no livro ‘Spare’, o papel reservado aos segundo filhos de reis, como é o seu caso. Só que não há só pontos positivos reservados aos "segundos". Um dos maiores contras é viver na sombra e perceber que até a atenção dos pais se centra mais nos primogénitos.

CIÚMES E RIVALIDADE

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Letizia sempre disse que iria fazer de tudo para que as duas filhas tivessem a mesma educação e fossem tratadas exatamente da mesma forma, independentemente de qual das duas era a primogénita. Mas a verdade é que esta igualdade não passa de uma utopia, pois consoante os anos vão passando, Leonor vai tendo cada vez mais responsabilidades devido à sua posição de futura rainha. A imparcialidade acaba, portanto, por ser impossível de manter. Sem saber o que se passa na intimidade familiar, em público os reis de Espanha não conseguem disfarçar que estão sempre muito mais pendentes da filha mais velha. Os olhares, as atenções e os gestos de carinho são muito mais para Leonor do que para Sofia. Especialmente por parte de Felipe.

Ao longo de todos estes anos como é que Sofia lidou com esta situação de desigualdade evidente? Como é que geriu o facto dos seus pais se mostrarem sempre muito mais preocupados e atentos à irmã mais velha? Haverá ciúmes e rivalidades? Não há respostas a estas questões, mas salta à vista de todos que as duas irmãs são muito unidas e cúmplices. Nunca houve qualquer sinal de desconforto e de algo mal resolvido. Podemos mesmo dizer – com a certeza de que não estamos a errar – que Leonor e Sofia, para além de irmãs, são amigas.

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