Uma por uma: as razões da fuga de Charlene, a princesa triste, do Mónaco para a África do Sul
Já ninguém acredita que a mulher de Alberto II do Mónaco tenha permanecido tantos meses longe de “casa” a propósito de uma grave infeção de ordem otorrinolaringológica. Fugiu do principado e as razões estão à vista de todos! A sul-africana não terá aguentado mais a pressão de viver um casamento de fachada, pertencer a uma família que continua a não a aceitá-la no seu seio e um país que nada tem a ver com o seu. Não fossem os gémeos, Jacques e Gabriella, muito provavelmente não regressaria onde não é, nem nunca foi feliz.
Muito se escreveu sobre os muitos meses que Charlene permaneceu na África do Sul, o país onde vive a sua família e onde cresceu. O país onde se sente verdadeiramente em casa. O país onde pode ser autêntica e onde não precisa de fingir. O país onde é feliz. Apesar do seu estatuto real e de todas as mordomias, Charlene não gosta de viver no Mónaco. Nunca se sentiu acolhida pelos Grimaldi, nem sequer pelos monegascos. Também o seu casamento com Alberto, não passará de uma fachada. Apenas os filhos, os gémeos Jacques e Gabriella, de apenas seis anos, são a razão para permanecer na Europa e continuar a viver no ‘Rochedo’.
A FLASH descortina todas as razões, uma a uma, para esta fuga que já tinha sido tentada dias antes de subir ao altar com Alberto do Mónaco, 1 de julho de 2011.
1. CASAMENTO
Não há certezas de que o casal alguma vez tenha estado verdadeiramente apaixonado. E muito menos que um tenha sido o grande amor da vida do outro. Mas no início, quando conheceu o príncipe, é provável que Charlene se tenha deslumbrado com o herdeiro do pequeno e glamouroso principado europeu. Apreciou o glamour, a vida luxuosa e elitista de Alberto. Terá chegado a acreditar que seria a protagonista de um conto de fadas. Mas tudo indica que a sul-africana percebeu cedo que não era bem assim.Aceitou casar com o filho de Grace Kelly e Rainier mesmo estando ciente que a união não passava de um mero "negócio". Assinou um contrato ao qual esteve ligada durante 5 anos. Os laços contratuais obrigavam-na a ficar casada até 2016, isto se já tivesse sido mãe e dado um herdeiro ao Mónaco. Foi o que aconteceu, mas ainda assim, e sem estar "presa" a Alberto, a princesa optou por ficar no Mónaco e manter-se casada. Uma das razões apontadas para isso é, claro está, os filhos.
Caso a sul-africana optasse por se divorciar perdia (e continuará a perder) a guarda de Gabriella e Jacques. Esta é uma das cláusulas que também faz parte do contrato nupcial. Contudo, poucos dias antes de casar Charlene arrependeu-se. A noiva tentou sair do país para não casar com Alberto. Mas foi apanhada no aeroporto. Depois de uma longa negociação, aceitou voltar ao principado e casar. Mas a cerimónia ficou marcada pelas lágrimas Charlene e pelo seu sorriso triste. Um sorriso que nunca mais a abandonou.
2. A RELAÇÃO COM OS GRIMALDI
Longe do seu país natal e da sua família, Charlene nunca pode contar com o apoio das cunhadas, as princesas Carolina e Stephanie. Nenhuma das duas terá considerado a sul-africana uma digna sucessora de Grace Kelly.
Estava longe de ter a beleza, o requinte e o glamour da mãe. Além do mais, nem sequer tinha a formação exigida a alguém que seria princesa do Mónaco e nem provinha de uma família da elite europeia. Não tinha berço, consideraram as irmãs de Alberto. Mas enquanto Stephanie apenas ignorou a cunhada, Carolina terá uma relação mais conflituosa com a antiga atleta olímpica. Com o casamento do irmão, a filha mais velha de Rainier teve obrigatoriamente que assumir um papel secundário.
3. FALTA DE ACEITAÇÃO DOS SÚBDITOS
Os monegascos gostam da família real, mas ainda não olham para Charlene como a primeira-dama do principado. Quando Alberto esteve doente com covid-19 chegou-se mesmo a levantar a questão quem iria substituir o príncipe se algo de mais grave lhe acontecesse. Por lei, essa responsabilidade recairia naturalmente sobre a sul africana, mas não é isso que os súbitos querem. A questão que se levanta, e levantou na altura, entre os monegascos é se Charlene teria condições de assumir tais responsabilidades, pois a princesa nunca se mostrou muito entusiasmada com as suas obrigações reais e nem sequer sabe falar francês corretamente e mantém a teimosia de falar inglês em privado.
Esta falta de vontade da mulher de Alberto em aprender o idioma oficial do Mónaco e o seu desinteresse por tudo o que tem a ver com o principado é altamente reprovado pelos súbditos. E é essa a razão pela qual os monegascos preferem ver a princesa Carolina, irmã de Alberto, a assumir a tarefa da regência, caso aconteça algo de grave com Alberto. Isto, até Jacques ter idade e estar preparado para assumir a regência do ‘Rochedo’.
4. REJEIÇÃO
Embora não faça nada para se aproximar dos súbditos e se esforce para assumir o seu papel de primeira dama, Charlene não lida bem com a rejeição dos monegascos. Se em 2011 se sentiram eufóricos com o casamento de Alberto, o eterno solteirão, pouco a pouco começaram a sentir-se defraudados com a nova princesa. A sua atitude distante, entediada e um tanto altiva acabou por criar um fosso entre o povo e a sul-africana. Mas a verdade é que ela não lida bem com esta "rejeição".
A antiga nadadora olímpica sente-se "julgada e incompreendida" pelo povo, conforme revelou uma amiga à revista 'Paris Match': "Ela estava cheia de boa vontade, mas rapidamente se sentiu julgada e incompreendida. Então, acabou por se fechar para se proteger", adiantou essa amiga da princesa. Quando em dezembro de 2014 nasceram os gémeos Jacques e Gabriella, Charlene acreditou que esse acontecimento tão feliz fizesse com que os monegascos a aceitassem e acolhessem. Mas isso não aconteceu. A princesa continuou a sentir-se mal-amada e excluída. Além disso, sentia que cada passo ou gesto seu eram inspecionados à lupa.
Em dezembro passado a decisão de fazer um corte de cabelo mais radical fez nascer mais uma brecha nesta relação. Charlene conseguiu deitar por terra a imagem de uma princesa modelo. "Há muito tempo que queria fazer este corte, gosto do estilo, só isso", disse à revista 'Point de Vue', uma Charlene que se apresentava com um corte de cabelo punk. Parece ter sido uma forma de provocar e de dizer "basta" a tanta rigidez palaciana. Mas foi a sua viagem prolongada para a África do Sul acabou com o pouco que ainda existia entre o povo monegasco e a mulher de Alberto do Mónaco. A ausência prolongada chegou a ser aplaudida por muitos os habitantes do principado que consideraram que se tinham visto livres dela para sempre.
5. A PRESSÃO PARA SER PERFEITA
Quando casou com Alberto II, a sul-africana estava longe de imaginar a pressão a que iria estar sujeita. A princesa começou a estar no centro de todas as atenções. Tudo era (e é) escrutinado ao mais ínfimo pormenor. Os gestos, os sorrisos (ou a falta deles), o que veste, como veste, as marcas que escolhe... tudo! Contra si jogava o facto do termo de comparação ser elevadíssimo. A mulher de Alberto é constantemente comparada com a beleza e elegância da sogra, a eterna e saudosa, Grace Kelly, e da cunhada, a muito admirada princesa Carolina
6. DEPRESSÃO E DEPENDÊNCIAS
Todas as razões apontadas terão sido demasiado para uma Charlene que estava emocionalmente mais fraca. A solidão, a rejeição e o casamento de fachada levaram-na a isolar-se. Abandonou o palácio e foi morar para um apartamento longe do marido e das suas funções reais. Há teorias que a antiga nadadora olímpica teve de enfrentar uma grave depressão.
Segundo a revista 'Here', publicada no passado sábado, 5 de novembro, o estado de saúde da princesa é muito mais preocupante do que a versão oficial: Charlene será, segundo a referida publicação, viciada há muitos anos num "cocktail perigoso de comprimidos para dormir". Durante 9 anos, Charlene já não conseguia passar sem esta mistura de comprimidos: "Derivados de Stilnox, Imovane e Carfentanil", conforme avançou uma fonte próxima dos Grimaldi.
O facto de não se sentir bem no Mónaco só agravou o problema: "Ela não aguentava mais a pressão e a malícia de alguns membros da família que há dez anos a fazem sofrer em silêncio." Mas há mais, pois a 'Here avança que a princesa de 43 anos também sofrerá de distúrbios alimentares. Problemas, todos eles, provocados pela depressão de viver num país que não sente como seu.
Mas, agora, neste seu regresso ao Mónaco, Charlene tem duas questões importantes por resolver. São elas:
1. JACQUES E GABRIELLA
Como é que a princesa vai lidar com dois filhos que se sentem mais próximos do pai do que da mãe? Quer se queira ou não, as duas crianças passaram muitos meses apenas com Alberto. Longe de Charlene que viam apenas através de um monitor ou ecrã de telemóvel, os gémeos estão muito mais ligados a quem não os abandonou. A quem esteve sempre lá para eles. A cumplicidade entre pai e filhos é hoje muito maior do que era antes da mãe ter viajado para a África do Sul. Se Charlene não consegue lidar com a rejeição dos súbditos, como vai ela agora gerir o afastamento que ela própria criou com as duas crianças? Estará ela em condições de retomar o seu papel de mãe? Questões que só o tempo terá condições para responder e esclarecer.
2. VIVER COM ALBERTO?
2. VIVER COM ALBERTO?
Segundo notícias recentes, o casal real não vai partilhar a mesma casa. Tal como já acontecia antes da sua "fuga" para a África do Sul, Charlene já não vivia com o marido. Ele nunca abandonou o Palácio e ela escolheu um apartamento para passar os seus dias de isolamento social.
Segundo o jornal britânico ‘MailOnline’, a princesa não deverá voltar para o palácio, nem sequer irá retomar tão depressa seus os compromissos reais. Esta informação terá sido dada pela própria cunhada de Charlene, Chantell Wittstock, relações públicas da sua fundação de caridade na África do Sul. É evidente, que esta informação intensificam os rumores de que o casamento real não passa de uma fachada e que a sul-africana só regressou à Europa e ao Mónaco por amor aos dois filhos.